Mato Grosso

Com mais de 99%, colheita da soja e plantio do milho entram na reta final em MT

Segundo especialistas, produtores de soja e milho devem ficar de olho na safra americana e no El Niño

A colheita da soja 2022/23 em Mato Grosso chegou a 99,03% da área destinada ao grão, enquanto a semeadura do milho segunda safra 99,78%. Especialistas do setor econômico alertam os agricultores a ficarem de olho na safra americana e no fenômeno El Niño para travar as vendas.

Os números de colheita da soja e plantio do milho foram divulgados na última sexta-feira (31) pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Conforme o levantamento, no que tange a soja a colheita no médio-norte encontrava-se em 99,98%, no norte em 99,88% da área, oeste 99,84%, no centro-sul em 99,39% e no noroeste em 99,57%. Já nas regiões sudeste e nordeste em 98,75% e 96,63%, respectivamente.

Quanto ao milho, a semeadura foi encerrada em 100% das áreas do médio-norte, norte e oeste. Entretanto, até o dia 31 de março ainda eram vistos trabalhos em quatro regiões. No centro-sul 99,97% da área estava semeada, no sudeste 99,91%, nordeste 99,47% e no noroeste 98,80%.

Milho Mato Grosso
Foto: Viviane Petroli/Canal Rural Mato Grosso

Um olho no clima e outro na concorrência

Consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari, durante o Fórum Mais Milho, no dia 22 de março, lembrou que em setembro retornam as chuvas e que os produtores devem estar de olho na safra americana.

“Se ele [São Pedro] não trabalhar direito sobre a safra americana, vamos ter rallys de alta e nesses rallys de alta eu vou sugerindo para vocês venderem o milho safrinha 2023. Se nós não tivermos nenhum rally de alta, tivermos uma safra americana que vai andando bem, temos que vender do mesmo jeito. Por que? Da forma que o produtor brasileiro está segurando soja, a minha grande preocupação é chegar agosto e termos armazéns ainda com soja e nós não temos espaço para o milho”.

Quanto ao El Niño, que vem se desenhando para o ciclo 2023/24, Molinari ressaltou que a presença do fenômeno significa para a Argentina e a região sul do Brasil baixo risco de quebra na produção.

“Como que o mercado vai se comportar sem quebras na América do Sul? Os problemas de quebra vão estar concentrados no Maranhão, Piauí, no sertão nordestino. Então, comecem a raciocinar 2024. Daqui até outubro nós teremos o que nós sempre temos todos os anos: mercado climático. Ou seja, vamos ter aquelas volatilidades de clima, que temos dos os anos”, alertou.

Confira os alertas do especialista Paulo Molinari:

Safra americana

 

El Niño

 

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