Mato Grosso

Plantio da soja em Mato Grosso encerra marcado pela irregularidade climática

Segundo a Aprosoja-MT, os principais municípios produtores de soja têm registrado baixo volume de chuvas

Mato Grosso encerrou o plantio da soja 2022/23 na última semana. É o que revela o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Contudo, a irregularidade climática segue tirando o sono dos agricultores do estado.

Levantamento realizado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), através das estações meteorológicas do Aproclima, divulgados no dia 1º, mostram que de 15 de setembro a 30 novembro as regiões Norte, Leste, Oeste e Sul registraram irregularidade de chuva.

Conforme a entidade, Nova Mutum, Sorriso, Água Boa, Confresa, Sapezal, Campo Novo do Parecis, Campo Verde e Alto Taquari tiveram pouca incidência chuvas, sendo que a somatória do acumulado trimestral não ultrapassa 500 milímetros.

Em recente entrevista ao programa Mercado & Companhia, do Canal Rural, o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, disse que a combinação de baixos volumes de chuva, baixa umidade do solo, temperaturas altíssimas e dias longos tem preocupado o produtor mato-grossense.

“Temos relatos de regiões que estão há quase 30 dias sem chuva. Geralmente, depois que começa o plantio, temos semanas em que chovem todos os dias, chuvas generalizadas, mas isso ainda não ocorreu este ano”, destacou Cadore.

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Regiões Norte, Leste, Oeste e Sul registraram irregularidade de chuva. Foto: Canal Rural Mato Grosso

Situação pode impactar na produção de soja

O vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Luis Costa Beber, comenta que a safra 2022/23 de soja em Mato Grosso está sendo desafiadora por conta do atraso no regime das chuvas.

A situação, salienta Beber, deve impactar o potencial da produção de grãos da safra 2022/23.

“O atraso nas chuvas causa desuniformidade no desenvolvimento das lavouras, ou seja, alguns produtores conseguiram plantar ao final do vazio sanitário com condições adequadas, porém outros levaram mais tempo, isso preocupa bastante, pois nas ultimas áreas semeadas teremos uma maior incidência de pragas”, segundo o vice-presidente da entidade.

Além disso, outros reflexos que podem surgir devido a irregularidade das chuvas, como o ataque de pragas, de acordo com Beber.

“Com a colheita das primeiras áreas, existe a migração de percevejos e mosca branca para outras lavouras. Além disso, prejudica o controle da ferrugem asiática, fazendo com que o custo da produção seja elevado”.

 

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