Mato Grosso

Tecnologia é a grande aliada desta segunda safra de milho, afirmam produtores de MT

Produtores de milho no estado buscam acelerar semeadura para garantir janela ideal

A movimentação nas lavouras de milho no município de Cláudia é intensa. Quando a chuva atrasa a colheita da soja é preciso agilidade para garantir o cultivo do milho segunda safra. Em Mato Grosso agricultores apostam na parceria das tecnologias para garantir tal agilidade, eficiência e maior produtividade no cereal.

“[É] torcer para dar mais uns dias de sol para a gente conseguir tirar toda essa soja dessecada já. A gente achou que iria conseguir plantar mais cedo. O ano passado a gente já estava com a metade da área plantada já e aí estamos com 10% da área plantada”, comenta o gerente de produção Cleberson Find Paula.

A situação relatada por Cleberson é realidade de outras propriedades na região, diz o presidente do Sindicato Rural de Cláudia, Sérgio Ferreira.

“A maioria está nesse ritmo. O sol abriu, o pessoal está colhendo a soja. Tem que ir colhendo. Se deixar para amanhã pode perder. Mas, a maioria do pessoal está bem organizado. Já tem máquina e caminhão. Então, acredito que este ano até o final de fevereiro está pronta a maioria das lavouras colhidas e plantado o milho”, comenta Sérgio.

Tecnologia aliada na corrida contra o tempo

Na fazenda Jaqueline os últimos dias foram de corrida contra o tempo. Experiente, o produtor Zilto Donadello sabe o quanto é importante cultivar a lavoura na época certa.

“Houve um atraso no período chuvoso. A chuva começou mais tarde e, consequentemente, a planta [soja] está demorando mais a secar esse ano aqui. Neste caso nosso aqui dez dias na maturação da soja, consequência de muita umidade o campo. Agora nestes últimos três dias deu uma aliviada e estamos colhendo bem até com uma umidade dentro do padrão”, pontua Zilto.

A tecnologia encontrada nas cultivares e nas máquinas, conforme Zilto, tem sido a grande aliada desta segunda safra de milho 2022/23 para garantir a janela ideal do cereal. O que faz com que ele não perca o otimismo.

“As máquinas novas hoje com tecnologia nos dão agilidade no plantio. A gente aproveita a melhor janela de plantio mesmo com pouco de atraso, mas nos dá agilidade. Então, a gente consegue compensar o que o clima tira na agilidade de plantio com equipamentos melhores e mais tecnologia. A tecnologia que vem agregada à semente no controle de pragas também é importante”, frisa Zilto.

Mais Milho Colheita Soja e Plantio de Milho Cláudia Mato Grosso Foto Pedro Silvestre Canal Rural Mato Grosso
Agricultores em Mato Grosso aceleram o passo para colher a soja e plantar o milho segunda safra. Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Apesar do atraso, otimismo é grande

Na fazenda Jaqueline o milho segunda safra irá ocupar ao todo 300 hectare. De acordo com Zilto, metade da área vai ser semeada com cultivares híbridas, com características que podem elevar o desempenho da lavoura.

“Ele é um produto que se destaca pelo elevado potencial produtivo, que é oriundo basicamente de quatro fatores. O primeiro é a arquitetura moderna que esse produto tem. Ele permite que o agricultor trabalhe com populações de plantas mais altas por hectares, com resposta em produtividade, associado ao um elevado PNG, uma sanidade de folhas e grãos, e também uma precocidade. Então, nós temos um produto de ciclo precoce. O agricultor pode conciliar os dois fatores: precocidade com produtividade”, explica o representante de vendas da Dekalb/Bayer, Diego Eduardo Schenatto.

Vizinho à propriedade de Zilto Donadello, o produtor Flamarion Paranhos Link também está otimista com a segunda safra de milho, em especial pela forte demanda pelo grão. Ele revela que irá ampliar a área em 20%, passando para 1,4 mil hectares semeados com o cereal.

“Nos últimos anos dá para investir mais no milho, porque as commodities estão equivalentes. As empresas vêm investindo em tecnologias dos híbridos e há dez anos atrás a gente não tinha uma produção igual a gente tem agora. Então, a expectativa dos híbridos é sempre ter maior rentabilidade”, diz Flamarion, que frisa ainda que não ser mais possível abrir mão da cultura.

 

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