Economia

Após queda em 2022, importação de fertilizantes dá sinais de retomada

País fechou o ano passado com volume menor em relação às compras feitas em 2021

O mercado de importação de fertilizantes pelo Brasil dá sinais de retomada neste início de ano. Após retração em volume em 2022 (no comparativo com 2021), o segmento tem movimentado ao menos um porto brasileiro.

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Conforme registrado nesta semana, movimentação iniciada na última semana será responsável por descarregar mais de 73 mil toneladas de sulfato de amônio no píer exclusivo para adubos do Porto de Paranaguá (PR). Será a maior carga de fertilizante da história do porto paranaense.

O começo de ano animador — e com direito a recorde — indica o que o já era esperado por especialistas em comércio exterior. Em entrevista concedida ao Canal Rural no mês passado, o analista de inteligência de mercado da consultoria StoneX, Luigi Bezzon, afirmou que os fertilizantes estariam “mais acessíveis” aos produtores brasileiros em 2023.

No ano passado, o Brasil importou 38 milhões de toneladas de fertilizantes — contra 41 milhões de toneladas registradas em 2021. O aumento do preço do produto pode estar diretamente relacionada à diminuição do volume.

No boletim ‘AgroExport’ que foi ao ar em 27 de setembro do ano passado, o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, destacou: apesar da retração na parte de toneladas importadas, 2022 já era — naquele momento — responsável pelo maior desembolso da história do país com compras de fertilizantes.

Desembolso com fertilizantes

fertilizantes - canadá
Foto: Freepik

No consolidado de 2022, o desembolso do Brasil com a importação de fertilizantes ficou na casa dos US$ 24,7 bilhões, mas com 38 milhões de toneladas. Em 2021, apesar do volume recorde importado — as já mencionados 41 milhões de toneladas —, o desembolso foi bem menor: US$ 15,4 bilhões.

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