EFEITOS DO CLIMA

Área plantada de feijão deve recuar 5% na Bahia, diz Conab

Condições climáticas são a principal causa para redução de área plantada do feijão no estado, diz estimativa da Conab

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Foto: Pixabay

A área dedicada ao feijão deve recuar 5%, de 214,1 mil hectares, em 2022/23, para 203,8 mil na atual safra. A informação foi divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo a Conab, as condições de restrição hídrica e altas temperaturas, principalmente nas regiões produtoras do centro-sul e centro-norte do estado, estão dificultando o cultivo das lavouras do feijão-comum e gerando uma perspectiva de redução na área estimada para o plantio.

As condições de restrição hídrica e altas temperaturas, principalmente nas regiões produtoras do centro-sul e centro-norte do estado, estão dificultando o cultivo das lavouras do feijão-comum e gerando uma perspectiva de redução na área estimada para o plantio, aponta a Conab.

No centro-norte, as chuvas foram pouco significativas no fim de 2023, o que inviabiliza a evolução do plantio e prejudica as lavouras em desenvolvimento vegetativo.

Com a expectativa de chuvas para o fim de dezembro, os produtores realizaram o plantio em solo seco, visando não perder a umidade disponível para a lavoura. As áreas semeadas no fim de outubro e início de novembro serão replantadas. 

Assis Pinheiro Filho, engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), ressalta que a necessidade de água do feijoeiro varia entre 300 e 500 mm para obtenção de alta produtividade.

“A falta de água na hora certa reduz a capacidade de desenvolvimento da planta, o que reforça a necessidade de chuvas regulares desde a semeadura até o desenvolvimento da planta”, pontua Assis.  

Por outro lado, no centro-sul, devido à forte estiagem, a maior parte das lavouras implantadas em novembro foram perdidas, e o plantio foi interrompido.

A escassez de chuvas, altas temperaturas e a falta de água no solo inviabilizaram o desenvolvimento das plantas e paralisaram a semeadura.

No entanto, os agricultores apenas aguardam o retorno das chuvas para reiniciar o plantio. 

Menor impacto no Oeste

Na região do oeste baiano, as lavouras dedicadas a feijão fradinho seguem com bom desenvolvimento (em monocultivo ou consorciado com milho), conduzido por pequenos produtores. Segundo a Conab, não há relatos de perdas fitossanitárias. 

As condições de restrição hídrica e altas temperaturas, sobretudo nas regiões produtoras do centro-sul e centro-norte do estado, estão impossibilitando o cultivo das lavouras e gerando perspectiva de redução na área estimada para o plantio.

De acordo com a Seagri, isso também vem diminuindo a janela ideal de plantio e o desenvolvimento inicial das plantas. 

O Brasil possui três épocas distintas de plantio de feijão, favorecendo assim uma oferta constante do produto ao longo do ano.  

Dessa forma, tem-se o feijão de primeira safra, semeado entre agosto e dezembro, o de segunda safra, cultivado entre janeiro e abril, e o de terceira safra, semeado de maio a julho.


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