Trinta e oito cavalos que estavam sendo maltratados em uma fazenda em Florestal, região central de Minas Gerais, foram apreendidos pela Polícia Militar de Minas Gerais (PM) nesta sexta-feira (5).
Os cavalos tinham sinais de desnutrição e apresentavam diversas feridas, segundo os policiais. Alguns dos exemplares são da raça mangalarga marchador, cavalo que pode custar até R$ 15 milhões. Haviam também receptoras (éguas para reprodução) e outros garanhões (cavalo macho que não foi castrado).
Um médico-veterinário convocado pela PM constatou os maus-tratos dentro da propriedade, registrando o Boletim de Ocorrência.
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O vídeo mostrado acima, gravado por um ex-funcionário da fazenda, mostra uma potrinha após ser pisoteada pelo proprietário responsável pela fazenda.
Segundo o ex-funcionário, a agressão teria ocorrido porque a mãe do animalzinho, pouco tempo após o parto, não queria cruzar com um cavalo trazido pelo dono à fazenda.
A potrinha acabou não resistindo aos ferimentos e morreu.
Denúncias de maus-tratos aos cavalos
A ONG Brasil sem Tração Animal recebeu diversas denúncias, vindas dos antigos donos dos cavalos. O dono da fazenda, que é apontado como sendo um médico, tinha comprado animais, mas não havia pago.
Assim, a fundadora e presidente da ONG, Fernanda Braga, disse que algumas pessoas começaram a ir a fazenda preocupadas com o estado de saúde dos animais e pedindo sua devolução.
De acordo com a PM, os vendedores dos cavalos recebiam respostas do médico com desculpas, sem explicar o real motivo da falta de pagamento. Não houve citação de maus-tratos aos animais.
Além disso, o dono da fazenda fazia ameaças para que não voltassem à fazenda.
Constataram, então, ao levarem um veterinário especializado em cavalos para a propriedade, maus-tratos aos animais. A ONG, então, fez o resgate juntamente com a polícia, durante a noite e madrugada.
Na manhã de sexta-feira, foi encontrada ainda uma égua fugitiva. Segundo o relato, o animal aparentava sentir medo e tinha várias feridas no corpo, como mostra a publicação abaixo.
