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Ibama apreende quase 30 toneladas de barbatanas de tubarão

A maior parte dessa apreensão do Ibama aconteceu em uma única empresa exportadora localizada em Santa Catarina

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou a apreensão de aproximadamente 30 toneladas de nadadeiras de tubarão que estavam sendo ilegalmente destinadas à exportação para a Ásia.

As nadadeiras pertencem a duas espécies de tubarão, o Tubarão Azul e o Mako, conhecido também como Anequim, que foram recentemente incluídos na lista nacional de espécies ameaçadas de extinção em 22 de maio.

A maior parte dessa apreensão ocorreu em uma única empresa exportadora localizada em Santa Catarina, onde foram encontradas e confiscadas 27,6 toneladas de nadadeiras.

Além disso, durante uma busca adicional, as autoridades flagraram uma empresa tentando exportar ilegalmente 1,1 tonelada de nadadeiras no Aeroporto de Guarulhos.

Essa operação, denominada Makaira, é parte de uma série de medidas que visam combater a pesca ilegal, fazendo parte do Plano Nacional Anual de Proteção Ambiental e cumprindo os acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário.

O objetivo é fiscalizar a regularidade da cadeia de custódia das atividades pesqueiras.

Essas apreensões, realizadas de forma coordenada, constituem o maior registro já feito no mundo, especialmente por terem ocorrido no ponto de origem, onde os tubarões são capturados.

A quantidade apreendida representa a morte de cerca de 10 mil tubarões (4.400 Tubarões Azuis e 5.600 Mako).

No Brasil, a pesca direcionada a tubarões não é permitida.

As embarcações alvo dessa operação estavam se aproveitando de licenças de captura de outras espécies de peixe e operavam com uma carga acima do limite permitido, chegando a mais de 80% da capacidade.

As nadadeiras são consideradas iguarias de alto valor no mercado internacional, especialmente na Ásia.

Durante a fiscalização, o Ibama encontrou diversas irregularidades cometidas pelas embarcações responsáveis pelos danos ambientais.

Essas empresas deixaram de adotar medidas obrigatórias para evitar a captura e a morte de aves marinhas, resultando na perda de milhares de vidas, incluindo espécies ameaçadas de extinção.