Mato Grosso

Áreas com sintomas de anomalia da soja preocupam agricultores em Mato Grosso

Levantamento técnico da Aprosoja-MT aponta perdas médias entre cinco e seis sacas de soja por hectare na produtividade final

A anomalia da soja verificada na safra passada em Mato Grosso continua tirando o sono dos produtores. Nas últimas semanas, a identificação em algumas propriedades do quebramento da haste de plantas que estão em fase de desenvolvimento, um dos sintomas iniciais, tem causado apreensão entre os agricultores da região médio-norte.

O médio-norte de Mato Grosso foi umas das regiões com grande concentração de lavouras prejudicadas pela anomalia da soja na safra passada. De acordo com um levantamento técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), as perdas médias registradas giraram entre cinco e seis sacas por hectare a menos na produtividade final.

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A anomalia da soja e a apreensão que ela vem causando aos produtores é o tema desta semana do episódio 64 do Patrulheiro Agro.

“Já está instalada a anomalia e o prejuízo aqui está começando a acontecer. Tem tirado bastante o sono dos produtores da região”, comenta o produtor de Ipiranga do Norte e delegado da Aprosoja-MT, Eder Ferreira Bueno.

Segundo Bueno, a falta de uma resposta do que causa a anomalia e uma solução para a mesma acaba desmotivando o produtor.

anomalia da soja patrulheiro agro 64
Foto: Canal Rural Mato Grosso

Fragilidade e tombamento já são registrados

Produtor no município de Vera, Tiago Strapasson revela ter plantado nesta safra 2022/23 cerca de 1.320 hectares de soja. Conforme ele, 90% da área foi semeada com o material que melhor desempenho teve no ciclo passado em relação a anomalia.

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“Nestes últimos dias, os materiais mais velhos, no momento em que vamos abrindo as carreiras você vê a fragilidade dele em quebrar. Ocorre o tombamento. Está sensível. Nos outros anos, nós colhemos de 17 a 18 sacas por hectare a menos”, diz Strapasson.

Em Sorriso, onde cerca de 630 mil hectares de soja foram plantados, a situação não é diferente, conforme o presidente do Sindicato Rural, Sadi Beledelli. Ele comenta que alguns produtores chegaram a registrar de 60% a 70% de perdas em alguns talhões na safra passada.

“Os produtores procuraram fazer um manejo melhor, mas infelizmente ela já está nas lavouras. Então, vamos ter cuidado redobrado neste ano”, frisa Beledelli.

 

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