As chuvas intensas nos últimos dias em Mato Grosso vêm provocando atoleiros e alagamentos. Em Peixoto de Azevedo (a 691 quilômetros de Cuiabá) a prefeitura decretou situação de emergência, após estruturas de pontes não suportarem a força da água, deixando comunidades rurais ilhadas.
Na segunda-feira (16) o prefeito de Peixoto de Azevedo, Maurício Ferreira de Souza, decretou situação de emergência no município. O decreto consta no Diário Oficial do Estado que circulou na terça-feira (17).
Conforme o decreto, as chuvas intensas na região provocaram a interrupção do tráfego em vias vicinais “com o desmantelamento das estradas rurais, pontes e bueiros, prejudicando o acesso da população rural a sede do Município”.
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Em nota publicada no dia 16 em seu site, a Prefeitura de Peixoto de Azevedo informou que a Secretaria de Obras “continua realizando ações para dar trafegabilidade as comunidades rurais que ficaram ilhadas depois das fortes chuvas que caíram durante a semana”, uma vez que “As chuvas foram tão intensas que chegou a levar estrutura inteira de pontes rio abaixo. Algumas as madeiras não foram encontradas”.
Concessionária de energia realiza mutirão em regiões impactadas
A concessionária de energia em Mato Grosso, a Energisa, vem realizando mutirão nas regiões mais impactadas pelas fortes e sequenciais chuvas no estado. Segundo ela, a região norte é a mais afetada, com estradas transformadas em rios.
No município de Gaúcha do Norte (a 546 quilômetros de Cuiabá), revela a concessionária, regiões de chácaras encontram-se debaixo d’água próximo à divisa com o Pará.
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“Nós estamos com veículos próprios para essas regiões. Mas há trechos que são realmente impossíveis de serem acessados. Nestes casos, vamos andando com muito cuidado e toda a segurança pra atender as regiões. A gente vai andando e vendo se tem buraco, alguma coisa. A segurança é muito importante”, comenta o eletricista da Energisa, Elton Pinheiro.
A situação climática em Mato Grosso, de acordo com o coordenador do Centro de Operações Integrado da Energisa Mato Grosso, Paulo Teixeira, é acompanhada em tempo real.
“A gente tem visto situações críticas como o caso de Peixoto de Azevedo, que declarou situação de emergência por conta dos estragos provocados pelos temporais. E esse tipo de cenário impacta diretamente no nosso trabalho. Por exemplo, em regiões alagadas. Logicamente se um cabo é rompido, nós fazemos o desligamento emergencial pra que o reparo seja feito”, diz Teixeira.
O coordenador da Energisa explica que em casos aos quais o nível da água esteja muito alto são utilizadas pequenas embarcações. “Muitas vezes remando mesmo. Nessas situações, o tempo de atendimento pode aumentar em até 50%”.
Outras cidades mato-grossenses na região norte, pontua a concessionária de energia, nos últimos dias foram Cláudia, Marcelândia e Terra Nova do Norte. Já na região do Araguaia, a MT-100 conta com pontos invadidos pela água. “Entre Alto Boa Vista e São Félix do Araguaia, a correnteza abriu valas onde até os veículos mais preparados não estão conseguindo. Há também atoleiros entre Querência e União do Sul, onde máquinas agrícolas estão dando apoio para a passagem de carretas”.
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