DEMANDA AQUECIDA

Consumo de milho em Mato Grosso salta mais de 360% em dez anos

Estado já colheu 3,65% da área destinada para a safra 2022/23; previsão é que sejam retiradas das lavouras mais de 48 milhões de toneladas

O consumo de milho em Mato Grosso saltou mais de 360% nos últimos dez anos. O aumento é reflexo direto da expansão das usinas de etanol, que respondem por mais da metade da demanda interna, garantindo previsibilidade, flexibilidade, geração de oportunidades e agregação de valores dentro do estado.

O consumo do cereal dentro de Mato Grosso saltou em uma década de aproximadamente 3,1 milhões de toneladas para cerca de 14,3 milhões.

Em igual período a produção cresceu 117%, de em torno de 22,5 milhões de toneladas para 48,9 milhões de toneladas, como divulgado recentemente pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) para a safra 2022/23.

O início da produção de etanol de milho em 2012 é apontado como um dos principais fatores para tal impulsionamento do consumo interno. Os primeiros testes tiveram início naquele ano em uma usina localizada em Campos de Júlio e hoje a produção do biocombustível chega a 11 unidades dentro do estado.

Desvalorização do milho e soja em Mato Grosso
Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural Mato Grosso

Além das usinas de etanol, que devem consumir no ano-safra 2023/24 mais de 9,5 milhões de toneladas de milho para produzir mais de 4,1 bilhões de litros de biocombustível, o cereal é consumido internamente também pelos setores da bovinocultura, avicultura e suinocultura, que nos últimos anos também vem aumentando gradativamente o consumo do grão.

Colheita avança e chega a 3,65% da área

A colheita da safra 2022/23 de milho em Mato Grosso, que teve início há quatros semanas, chegou a 3,65% dos cerca de sete milhões de hectares semeados na atual temporada.

Apesar de um avanço semanal de 2,39 pontos percentuais, os trabalhos ainda estão atrasados no comparativo com o ciclo passado quando na segunda semana de junho estavam em 15,05% da área.

As regiões médio-norte e norte, conforme o Imea, lideram os trabalhos com 5,59% e 5,35% de suas respectivas áreas já colhidas.

 

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