MARCO TEMPORAL

"Não podemos precarizar o direito de propriedade", diz Carlos Fávaro

Ministro da Agricultura e Pecuária pontua que o marco temporal é um tema muito difícil

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Foto: Canal Rural Mato Grosso

Em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Senado Federal, o marco temporal é considerado um tema difícil. A expectativa do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, é que o assunto caminhe para uma pacificação no que diz respeito às futuras demarcações, respeitando a propriedade privada.

O projeto de lei 490/2007, que dispõe sobre o marco temporal das Terras Indígenas deverá ser votado no Senado nas próximas duas semanas. A previsão foi dada nesta semana pelo senador Jayme Campos (União-MT), após reunião com o relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça, senador Marcos Rogério (PL-RO).

O projeto, dispõe sobre reconhecimento, demarcação, uso e gestão de terras indígenas, tramita no Congresso há 16 anos.

“É um tema muito difícil. Nós temos que entender que não podemos criar no Brasil a situação de atender A em detrimento de B. Atender índios em detrimento de não índios. Somos todos brasileiros”, diz Fávaro.

Em entrevista ao Canal Rural Mato Grosso, o ministro pontua ainda que não se pode precarizar o direito de propriedade.

“Então, eu vejo que o STF está tratando desse assunto com uma coerência bastante clara, que prevê a necessidade de alguma ampliação de reserva indígena, mas que não seja em detrimento de tomar terra dos produtores”.

Conforme o ministro, caso a ampliação ocorra de fato em área ocupada por produtor rural, que o mesmo seja indenizado “em dinheiro, valor venal e à vista para que ninguém tome prejuízo, no máximo tenha a perda sentimental da propriedade”.

Discussão do Marco Temporal no Senado

De acordo com Fávaro, no Senado o debate sobre o marco temporal “caminha para essa linha de fazer uma reforma na Constituição, uma alteração que traga equilíbrio nesse assunto, garantindo tranquilidade para os índios, mas também para os produtores”.


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