INTEGRAÇÃO 

Oeste Rural Show: novas tecnologias serão decisivas na lucratividade das ILP

Especialistas debateram sobre os avanços de inovações no campo, o aprimoramento do acesso às informações e que os desafios devem ser encarados como oportunidades 

As soluções para agropecuária dentro do sistema de Integração Lavoura Pecuária (ILP), foram um dos destaques durante a 3ª Oeste Rural Show, em Pontes e Lacerda (MT). Os especialistas debateram sobre os avanços das novas tecnologias, o aprimoramento do acesso às informações e que os desafios devem ser encarados como oportunidades.

Para o economista e consultor Francisco Villa, é fundamental que a busca por informação e atenção aos avanços tecnológicos se transforme em rotina. “De modo geral, essa nova realidade implica ao produtor se informar sobre o que está acontecendo, usando as fontes que temos hoje na internet, e nas cooperativas e sindicatos”, pontua. 

Apesar das novas tecnologias, o consultor chama atenção que antigas ferramentas como a interlocução e interação entre os produtores é fundamental. 

Foto: Reprodução

“Cada produtor tem a sua realidade,  mas é importante constatar e compreender que não é possível continuar fazendo sempre o mesmo que se faz há séculos, pois isso inviabiliza a atividade. Quem estiver junto com a evolução vai aproveitar, quem não se interessa vai sumir do mercado”, defende o economista.

Produtividade da pecuária dentro da ILP 

Para o zootecnista doutor em produção animal (Unesp), Rogério Marchiori Coan, um dos grandes desafios é o aumento da produtividade. E principalmente na pecuária dentro do ILP, já que o setor está sofrendo a redução na margem de lucro. “A grande vantagem da ILP é que ela tem revertido muito o processo produtivo de uma pecuária do passado para a pecuária do futuro”.

Coan aponta que grande parte da pastagem no Brasil está em intermediária ou avançada degradação. E que os criadores não possuem capital para reverter esse processo.

Pecuária integrada com lavoura de soja
Foto: Carolina Lorencetti/Canal Rural

“Ao passo que na medida em que o pecuarista vai melhorando essas pastagens, promovendo rotação de cultura na fazenda, entre dois e cinco anos, passa a ter uma fazenda com elevado potencial produtivo. Com isso, pode ter uma receita triplicada em seu projeto. Porque pode ter atividade de soja, milho e depois pasto, três safras dentro da mesma área”, aponta.

Na avaliação do professor doutor em zootecnia, Gustavo Rezende Siqueira, lucratividade e produtividade andam juntas. “O produtor precisa estar atento onde aumenta os investimentos e ver que a fazenda dele é um negócio. Assim pode se preparar e capacitar, porque isso é um desafio constante”, explica.

 

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