Mato Grosso

Prazo longo causa concentração de embalagens vazias de agroquímicos

Tempo de espera dos produtores para recolhimento das embalagens chega até um ano em algumas regiões do estado

Agricultores das regiões sul e sudeste de Mato Grosso registram dificuldades quanto ao descarte correto de embalagens vazias de defensivos agrícolas. O tempo de espera nos agendamentos, que pode chegar até um ano, e baixo número de unidades de recebimento são apontados por eles como principais motivos do transtorno.

A dificuldade quanto ao descarte correto das embalagens de defensivos agrícolas nas regiões sul e sudeste de Mato Grosso é o tema do episódio 62 do Patrulheiro Agro.

“Por safra a gente chega a encher o barracão umas duas vezes. Há toda uma norma para ter o depósito. A gente armazena, lava, fura tudo certinho, mas na hora de devolver não consegue. Aqui para conseguir agendamento, para poder levar nossas embalagens vazias, chega a ter de seis meses a um ano de espera”, comenta Murilo Degasperi Fritsch, agricultor em Jaciara.

De acordo com Fritsch, a propriedade acumula por ano aproximadamente 10 toneladas de embalagens de agroquímicos.

Ampliação de espaço na propriedade

Em Jaciara, agricultores revelam que mesmo ampliando a capacidade de armazenamento de embalagens vazias de agroquímicos dentro das propriedades o investimento é considerado insuficiente.

Jeferson Schinoca irá cultivar nesta safra 2022/23 de soja 2,2 mil hectares de soja. Segundo ele, o que se vê é acumulo de embalagens. “Campo Verde a região é muito grande. Tem muito agricultor grande lá que já vai programando o agendamento e nós que somos um pouco menor não conseguimos”.

Conforme Luís Antônio Huber, gerente técnico em uma propriedade em Jaciara, há uma unidade de recebimento de embalagens vazias em Rondonópolis e outras em Campo Verde. “Nós damos preferência para Campo Verde por causa da logística. Se tivesse mais uma ou duas unidades de recebimento ficaria mais fácil. Você consegue menos tempo de agendamento”.

Produtor precisa se programar com antecedência

Sirléia Sevilha de Cotelo, gestora de unidade de recebimento de embalagens em uma central situada em Campo Verde, pontua que os meses de abril, maio e junho são os de maiores picos de descarte das embalagens por parte dos produtores rurais.

A central de recebimento das embalagens está instalada em Campo Verde há duas décadas. O local possui capacidade para armazenar cerca de um milhão de toneladas de embalagens de defensivos por ano.

“A unidade tem capacidade para receber a demanda da região. O produtor tem que se programar antecipadamente para não deixar o barracão ficar lotado para poder fazer o agendamento”, pontua a gestora.

 

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