PATRULHEIRO AGRO

Soja terá companhia de plantas de difícil controle em MT 

Buva e pé-de-galinha tem tirado o sono dos produtores nas lavouras já que, se não controladas, essas pragas podem causar perdas significativas

Soja terá companhia de plantas de difícil controle em MT 

Nas últimas três safras de soja as plantas daninhas, como a buva e o pé-de-galinha, têm preocupado os agricultores mato-grossenses. Com enraizamentos considerados ‘agressivos’, elas se alastram rapidamente quando não são controladas, podendo disputar espaço, água, nutrientes e luminosidade dentro das lavouras, ameaçando o desenvolvimento da oleaginosa com risco de perdas significativas para a produção.

A falta de defensivos químicos específicos e eficientes para o extermínio destas plantas é apontada como um dos principais motivos para a rápida disseminação no campo.

O assunto é o tema desta semana do episódio 103 do Patrulheiro Agro.

O gerente de produção Alexsander Monteiro Vieira explica que por serem ervas difíceis de atacar, elas se tornam mais resistentes, especialmente o pé-de-galinha. “Tem que entrar controlando, porque se deixar crescer e ter entre nós, aí acaba e não se controla mais. Tivemos perdas em um talhão de 70 hectares no ano passado, uns 12%, 13% de perdas nesta área”, diz. 

Nesta safra, o agricultor Ari José Ferrari, pretende cultivar uma área de 2,4 mil hectares de soja. Segundo ele, 200 hectares a mais que na última temporada. Ele comenta que essas plantas são difíceis de exterminar porque a raiz costuma ser maior que a folhagem. 

“É muita raiz que tem. A gente está esperando um produto eficiente e até agora nada. O custo dos produtos foi lá em cima e não está matando e nem consegue controlar. E se não controlar, ao invés de colher 60, 65 hectares, vai colher 45. E a soja tem que dar lucro, senão, a conta não fecha”, pontua Ari. 

Em Paranatinga, no sudeste do estado, o agricultor Robson Weber, teve um incremento de aproximadamente R$ 100 a mais no custo de compras para controlar o pé-de-galinha. 

“Por mais que as empresas estejam pesquisando o problema, eu acho que tinha que ter um estudo mais eficiente e direcionado. Acredito que existe um jeito com mais ênfase para poder ter um controle eficiente nessas ervas”, finaliza.


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