Mato Grosso

Trigo pode ser próxima fronteira agrícola de Mato Grosso

Em Mato Grosso, maior produtor de grãos do Brasil, ainda não há produção do cereal

Palestra realizada na última quinta-feira (30) na Parecis SuperAgro, em Campo Novo do Parecis, discutiu a possibilidade do trigo ser a próxima fronteira agrícola de Mato Grosso. Um dos motivos para isso, é o comportamento das raízes do trigo que ajuda a estruturar mais o subsolo, retendo mais água e dando mais estabilidade e resiliência à lavoura.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 2022, o consumo de trigo no Brasil foi de 12,4 milhões de toneladas, sendo que a produção foi de 10,6 milhões de toneladas, ou seja, 1,8 milhão precisou ser importado.

Na região Centro-Oeste, os estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal produzem juntos 1,8% do volume nacional. Já em Mato Grosso, maior produtor de grãos do Brasil, ainda não há produção do cereal.

Além dos efeitos de estabilidade, existe também o aspecto comercial da cultura. De acordo com o presidente da Embrapa Trigo e palestrante, Jorge Lemainski, essa nova frente permite a geração de receita durante todo ano.

“É a mesma lógica do milho. O trigo associado a culturas como a soja permite a geração de receita ao longo de todo o ano”, disse Lemainski durante sua palestra na Parecis SuperAgro.

Outras possibilidades

Embora a ideia seja pensar na indústria da panificação como principal cliente, o trigo também é matéria-prima para a cadeia produtiva de carnes, para produzir ração, pasto e silagem. Biocombustíveis, na produção de etanol. E por fim, os grãos, seja para exportação ou uso como planta de serviço.

“A Embrapa trabalha hoje para desenvolver cultivares propícias para atender a demanda de ração animal, em caráter de substituição ao milho”, apresenta Lemainski.

Editado por: Alexia Oliveira*, de Cuiabá (MT)

*Sob supervisão de Viviane Petroli

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