CENÁRIO

Colheita de feijão avança no Paraná

O preço do feijão está em queda contínua tanto para o produtor quanto no atacado, resultado do aumento da oferta neste período

A colheita do feijão no Paraná está chegando à reta final, com 70% das lavouras já colhidas.

No entanto, há uma redução de 3% na produção em relação ao ano passado, totalizando 592 mil toneladas do grão.

Além disso, os preços também estão em queda.

A segunda safra do feijão no ciclo 22/23 apresentou um bom desenvolvimento em todo o estado.

De acordo com o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), 75% das lavouras estão em boas condições, 23% com qualidade média e apenas 4% em condições ruins.

Algumas áreas foram afetadas pela falta de chuva durante a fase de desenvolvimento das plantas, comprometendo a qualidade em alguns talhões.

Qualidade das lavouras de feijão no Paraná:

  • 75% das lavouras estão em boas condições.
  • 23% das lavouras apresentam qualidade média.
  • 4% das lavouras estão em condições ruins.

O produtor Alfredo Janke comentou sobre a influência da falta de chuva na produtividade da lavoura.

Ele destacou que a chuva durante o crescimento inicial do feijão foi insuficiente, afetando o tamanho das plantas. No entanto, a chuva no final do ciclo contribuiu para a formação dos grãos.

Em relação à área plantada, cerca de 70% dos 297 mil hectares destinados à segunda safra de feijão já foram colhidos no Paraná.

A expectativa é de que sejam produzidas 592 mil toneladas, representando uma redução de 12% em relação ao ano anterior, quando foram plantados 338 mil hectares.

O presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), Marcelo Luders, destacou a importância da colheita e venda simultâneas para os produtores, principalmente para o feijão carioca. Ele ressaltou que os produtores paranaenses poderão pensar no plantio da primeira safra do próximo ano.

Em relação ao feijão preto, Luders mencionou a possibilidade de complementar o abastecimento com importação da Argentina durante o segundo semestre.

No que diz respeito aos preços, houve uma queda significativa durante a colheita da segunda safra. Em março deste ano, os preços estavam elevados e os produtores estavam estimulados. No entanto, em junho, o valor da saca do feijão cores caiu de R$ 397 para R$ 245, representando uma redução de 38%.

No caso do feijão preto, o valor da saca de 60 kg foi de R$ 260 em março e caiu para R$ 187 em junho, uma diferença de 28%.

Marcelo Luders explicou que alguns produtores ficaram frustrados com a queda nos preços, mas ressaltou que o valor praticado anteriormente estava acima do normal.

Ele destacou que os preços estão voltando a uma certa normalidade, o que beneficia a indústria e os consumidores.

Alfredo Janke mencionou que a colheita está quase concluída e que os custos de produção foram altos.

No entanto, ele destacou que os preços dos fertilizantes estão mais estáveis atualmente, o que traz certo alívio para os produtores.