BALANÇO

Paraná recebe mais que Mato Grosso pela soja exportada

Produto paranaense foi vendido a US$ 461/t enquanto soja do Mato Grosso foi embarcada por US$ 437,22/t

Navio sendo carregado de soja em grãos no Porto de Paranaguá
Foto: Ivan Bueno/APPA

Os dois maiores produtores de soja receberam valores médios diferentes pela tonelada exportada no 1º trimestre de 2024.

O produto paranaense recebeu US$ 461,60/t enquanto a soja do Mato Grosso US$ 436,87/t.

De janeiro a março o Paraná exportou 2,96 milhões de toneladas, com uma receita cambial de US$ 1,36 bilhão.

Já Mato Grosso enviou ao exterior 7,37 milhões de toneladas, com ingressos cambiais de US$ 3,22 bilhões.

No 1º trimestre de 2023 o comportamento também foi nessa linha, com o produto do Paraná foi vendido a US$ 562/t e do Mato Grosso a US$ 559/t.

Quando a análise é anual, as posições se invertem em 2023, quando na média o estado do Centro-Oeste recebeu US$ 527,42/t e o produto paranaense US$ 516,47/t. Naquele ano o Mato Grosso destinou ao exterior 28,33 milhões de toneladas com receita de US$ 14,94 bilhões. Enquanto o Paraná colocou no mercado internacional 11,6 milhões de toneladas com ingresso de US$ 5,99 bilhões. Em 2022, de janeiro a dezembro, o Paraná também recebeu mais pela sua soja, com média de US$ 596,05/t, enquanto o Mato Grosso recebeu em média US$ 582,23/t embarcada. Em 2021 o Mato Grosso recebeu mais pela tonelada exportada e em 2020 foi o Paraná.

Olhando para o recorte dos últimos quatro anos, o preço médio trimestral pago por tonelada é igual nos dois estados em 2020, e maior para o Paraná em 2022, 2023 e 2024. A soja do Mato Grosso é mais valorizada no 1º trimestre de 2021.

Os dados são do sistema Comex/Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

Portos

Já os principais portos de embarque da oleaginosa no 1º trimestre de 2024 foram Santos (SP) com 7,92 milhões/t e Paranaguá (PR) com 3,52 milhões/t. Em seguida aparece o complexo de Belém (PA) com 2,47 milhões/t e Itaquí, em São Luís (MA), com 1,67 milhão/t.

Nesse período o Brasil exportou 22 milhões de toneladas com receita cambial de US$ 9,77 bilhões, o equivalente a US$ 444 por tonelada embarcada.