Paraná

Show Rural: tecnologia e conhecimento ao alcance das mãos do produtor

Além de ser uma vitrine de inovação e tecnologia para o pequeno, médio e grande agricultor, o Show Rural Coopavel também possibilita uma troca riquíssima de conhecimento entre produtores rurais e a cadeia do agronegócio

No Show Rural Coopavel, que acontece até sexta-feira (10), em Cascavel, no oeste do Paraná, a missão dos expositores da área de pesquisa é transmitir informação acerca dos monitoramentos de incidência, do comportamento de pragas, prestar serviços de integração agrícola, assistência técnica e extensão rural.

Para facilitar o encontro entre produtores e o conhecimento, a Federação da Agricultura do Espado do Paraná (Faep), em parcerias com os sindicatos rurais, organiza caravanas de todos os cantos do Paraná para a feira, uma das maiores da América Latina. Em 2023, são 118 caravanas da Faep, com 5.499 produtores rurais.

Na lista dos desafios da indústria a céu aberto, que é o agronegócio, o combate às pragas agrícolas disputa espaço com os riscos climáticos.

“A gripe aviária é um problema que está chegando perto. E o Brasil está se preocupando, está alerta. É uma questão que precisamos nos preocupar. A peste suína africana também. E na Embrapa, nós temos os recursos para continuar contribuindo com o produtor nesta questões e com agronegócio brasileiro”, diz Celso Moretti, presidente da Embrapa.

O enfezamento do milho, por exemplo, vêm avançando nos últimos três anos no Paraná. 

Para lidar com o problema, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) criou uma rede de agropesquisa para o experimentos em conjunto com várias cooperativas do estado, analisando como cada híbrido se comporta em relação à doença.

Segundo o IDR, a maior preocupação dos produtores é sobre qual híbrido utilizar. E enfatiza que o trabalho nesse enfrentamento deve ser integrado com o setor privado.

Ponte verde

Outro cuidado recomendado é a semeadura simultânea em uma mesma região para evitar a chamada “ponte verde”, que é a existência de lavouras em diferentes etapas de desenvolvimento e, com isso, oferta de alimentos e estímulo à migração das cigarrinhas e ao reinício do ciclo de contaminação de cultivos. Todas essas práticas devem ser conjugadas com a rotação de culturas e a eliminação de plantas guaxas do terreno, com a finalidade de interromper o ciclo do vetor e dos patógenos.

“Nós temos um grupo liderado pela CropLife Brasil, onde temos especialistas nessa área. Lá discutimos, mensalmente, ações. Levamos informações sobre o que cada um está fazendo. Nós temos hibridos mais tolerantes. E a tendência é lançarmos no futuro”, diz Paulo Roberto Garollo, agrônomo especialista em desenvolvimento de mercado da cultura do milho na Bayer.

Até a manhã desta quarta-feira (8), o número de visitantes no Show Rural passou de 160 mil pessoas. Entre eles, aproximadamente 6 mil produtores levados pela Faep. 

“Se o agricultor tiver um controle maior sobre doença, pragas e ervas daninhas, ele terá uma exposição menor ao defensivo agrícola”, afirma o instrutor do Sistema Faep/Senar Rafael Okano.

Nos stands do setor de pesquisa dentro dos 720 mil metros quadrados do Parque Tecnológico Coopavel estão disponíveis informações sobre controle biológico de pragas, técnicas de manejo, conservação do solo, referências sobre cultivares de resistência à ferrugem asiática por exemplo, entre outros.

Na Vitrine de Tecnologias, a Embrapa Soja e a Fundação Meridional estarão demonstradas cultivares transgênicas com resistência ao herbicida glifosato (BRS 5804RR, BRS 5601RR e BRS 599 RR), cultivares com resistência ao glifosato e a algumas espécies de lagartas (BRS 1064 IPRO, BRS 1056 IPRO, BRS 1061IPRO, BRS 1003 IPRO, BRS 1054 IPRO) e cultivares com tolerância aos herbicidas glifosato e dicamba (BRS 2553 XTD, BRS 256-XTD, BRS 2562XTD, BRS 2578 XTD).