Agricultura

Custos de produção no RS registram queda em janeiro

Índice de Inflação dos Custos de Produção de janeiro apresentou uma queda de 3,31%, dando continuidade a uma sequência de quedas

O início de 2023 trouxe boas notícias para o setor agropecuário. O Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) de janeiro apresentou uma queda de 3,31%, dando continuidade a uma sequência de quedas que começou em junho de 2022.

Os dados foram divulgados em relatório econômico pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) nesta quinta-feira (2).

O custo dos fertilizantes é o principal fator que influencia o resultado, afetando todas as culturas observadas.

No entanto, a Assessoria Econômica destaca que os preços dos fertilizantes ainda estão em patamares mais elevados do que antes da forte elevação registrada no início de 2021.

Apesar da queda nos custos de produção, é importante lembrar que o ano de 2021 foi marcado pela safra mais cara da história, com uma inflação dos custos de produção superior a 50%.

A deflação registrada em 2022 também foi significativa, atingindo 9,55%.

O IICP acumulado em doze meses, que atingiu -12,14% em janeiro, reflete o movimento de queda nos fertilizantes a partir da metade do ano passado.

No entanto, os custos ainda estão em patamares mais elevados do que antes da subida de 2021.

Enquanto os custos de produção registram queda, os preços recebidos pelos produtores rurais apresentam uma tendência de alta.

O Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) teve uma inflação de 0,18% no primeiro mês deste ano na comparação com dezembro de 2022. As principais altas foram registradas no arroz e no milho.

Em dezembro de 2022, o IIPR acumulado em doze meses atingiu 10,36%.

No entanto, em janeiro de 2023, o acumulado em doze meses registrou uma queda, atingindo 3,90%. A Farsul ressalta que a dúvida mora na continuidade da elevação dos preços ao produtor, visto que, apesar das perdas na safra de verão no estado, estima-se que haverá uma safra brasileira de grãos recorde neste ano, o que pode pressionar os preços.