O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) embargou 1.397 hectares de áreas agrícolas no Rio Grande do Sul.
De acordo com o órgão, 27 áreas estavam sendo utilizadas ilegalmente para atividades agrícolas em oito cidades do estado.
Além disso, foram aplicados 36 autos de infração, somando um valor de R$ 14,58 milhões em multas.
Durante a operação, batizada Campereada, também foi feita a apreensão de um trator agrícola que estava envolvido na supressão ilegal de uma área próxima à Estação Ecológica Aracuri-Esmeralda.
Tudo aconteceu ao longo de 2022, numa ação que contou com o apoio do Batalhão Ambiental da Brigada Militar do Rio Grande do Sul.
Objetivos da operação
Segundo o Ibama, o objetivo da operação foi fiscalizar as supressões ilegais ocorridas nos Campos de Cima da Serra, uma região de alta altitude localizada no Sul do país.
A área faz parte da região de Mata Atlântica do Rio Grande do Sul e é protegida pela Lei Federal n° 11.428/06 e pelo Decreto Federal n° 6.660/08.
No entanto, de acordo com o órgão, tem ocorrido uma expansão agrícola nessa região, com a substituição da pecuária tradicional por monoculturas, como a soja, o milho e a batata.
Os polígonos de supressão com tamanho superior a 50 hectares foram fiscalizados nos municípios de Bom Jesus, Capão Bonito do Sul, Esmeralda, Lagoa Vermelha, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, Pinhal da Serra e Vacaria.
Os alvos dessa operação foram selecionados por meio da análise de sensoriamento remoto, utilizando dados do Projeto MapBiomas e imagens de satélite de vários anos.
Essas informações foram cruzadas com os registros do Cadastro Ambiental Rural (CAR) de propriedades rurais e outras fontes públicas de dados.
