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Abag: Suspensão de glifosato é equivocada e prejudica plantio direto

Decisão da Justiça Federal do DF, que concedeu tutela antecipada para suspender registro de agrotóxicos, poderia causar problemas ambientais, segundo diretor da Associação Brasileira do Agronegócio

soja
Foto: VisualHunt

O diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Lourenço, criticou nesta segunda-feira, dia 6, em entrevista coletiva realizada durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio a decisão da Justiça Federal no Distrito Federal que suspendeu produtos à base de glifosato. Juíza da 7ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal (SJ-DF) concedeu tutela antecipada para que a União suspenda por 30 dias o registro de todos os agrotóxicos à base de glifosato até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) termine a reavaliação toxicológica do herbicida. Estão na lista também a abamectina e o tiram. “É decisão equivocada”, disse. “Isso vai acabar com o plantio direto e causar problemas ambientais. Estamos dando um tiro no pé.”

Segundo o presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, a decisão causa problemas ao agronegócio brasileiro. “O plantio direto e a integração lavoura-pecuária dependem de insumos fundamentais”, disse. “Será preciso achar uma forma de voltar atrás nisso também.”

No plantio direto em soja, por exemplo, em sistema de rotação de culturas, o glifosato é usado para dessecar a palhada da cultura que antecede a lavoura de soja (o milho, por exemplo), facilitando o manejo e a semeadura da oleaginosa.