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Arroz: no RS, pesquisa sobre custos de produção revela boa produtividade

Com uma média de 191 sacas por hectare, o desempenho da safra 2019/2020 foi melhor em relação ao da safra anterior, quando houve sérios prejuízos em razão do excesso de chuva

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Foto: Unsplash

Produtores de arroz da região de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, tiveram bons resultados de produtividade para a safra que acaba de ser colhida. Com uma média de 191 sacas por hectare, o desempenho da safra 2019/2020 foi melhor em relação ao da safra anterior, quando os rizicultores tiveram sérios prejuízos em razão do excesso de chuva.

Os dados foram obtidos durante o levantamento de custos de produção realizado na última terça-feira, 23, pelos técnicos do Projeto Campo Futuro, iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).

O encontro foi realizado por videoconferência, medida de segurança para evitar o contágio do coronavírus (Covid-19), e reuniu produtores rurais, técnicos e representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).

Resultados preliminares do painel apontaram a situação produtiva de uma propriedade modal da região, com área de 400 hectares de cultivo de arroz. Segundo o assessor técnico da CNA, Thiago Rodrigues, o bom resultado foi reflexo de algumas práticas de manejo, somadas às boas condições climáticas e a utilização de cultivares de arroz de ciclo completo.

“Os produtores e técnicos que auxiliaram no levantamento afirmaram que esse ano foi crucial para que os produtores recuperassem o prejuízo e a descapitalização da safra anterior”, disse.

Com relação aos preços de comercialização, os produtores apontaram um valor médio de R$ 55,80 por saca e um Custo Total de R$ 52,09 por saca.

“O cenário desenhado pelo levantamento refletiu o bom momento apontado pelos produtores. Para o modelo produtivo definido para a região de Uruguaiana, foi constatado que todas as despesas referentes ao desembolso, às depreciações e o custo oportunidade de uso do capital e da terra foram cobertos, graças à boa produtividade e aos preços de comercialização praticados”, explicou Rodrigues.