Arroz

Arrozeiros pedem redução de impostos para incrementar vendas

Para entidade do setor, redução do ICMS poderia ser benéfico para os produtores e para o governo. Crise do setor fez área plantada diminuir novamente nesta safra

Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini

No Rio Grande do Sul, o setor do arroz quer discutir a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o produto. Enquanto este impasse não se resolve, os agricultores focam suas atenções no plantio da cultura, que está bastante avançado.

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) se posicionou favorável à manutenção do ICMS por dois anos, conforme pretende o novo governo do estado. O objetivo é prorrogar a cobrança atual para aumentar receita. Mas, por outro lado, o setor acredita que se este imposto fosse menor, os dois lados poderiam ganhar ainda mais.

“Pedimos uma redução de ICMS para o arroz com o objetivo de criar uma promoção do produto. Assim conseguiremos escoar mais e, arrecadar mais. Por isso que a gente tem absoluta certeza que não estamos sendo incoerentes”, diz Henrique Dornelles, presidente da entidade.

Grande parte da área de arroz já está plantada no estado. Apesar do bom andamento dos trabalhos, mais uma vez os produtores reduziram a área, muito em função da crise que o setor enfrenta.

“Plantaremos menos de um milhão de hectares no total. Hoje, estamos com mais de 80% da área já semeada e isso é positivo para a produtividade. O ponto negativo é esse clima, que com as chuvas irregulares atrapalha a emergência da planta. Muitas áreas ainda não nasceram”, conta Dornelles.

Jair Buske, que é produtor rural da região central do estado, acabou de semear e planeja uma safra do mesmo tamanho para esse ciclo.

“Temos que ampliar a produtividade. Acho que na nossa região, com muito planejamento, muita racionalidade, muitos cálculos dá para conseguir esse crescimento. Não vale a pena aumentar a área, pois isso também eleva os custos para no final, continuar produzindo a mesma coisa”, diz Buske.