Agricultura

Banana: ministério acende alerta após praga quarentenária no Peru

Considerada a maior ameaça à bananicultura mundial, a praga foi detectada longe da fronteira do Brasil

Produtores de banana e demais envolvidos na cadeia produtiva da fruta devem reforçar a atenção para a ocorrência de sintomas de uma praga, após a declaração de emergência fitossanitária nacional realizada pelo Serviço Nacional de Sanidade Agrária do Peru (Senasa).

Segundo nota do Ministério da Agricultura do Brasil, trata-se da Fusarium oxysporum f. sp. cubense Raça 4 Tropical (Foc R4T), considerada a maior ameaça para a bananicultura mundial.

Conforme o ministério, apesar de identificada na província de Sullana, próximo à fronteira do Peru com o Equador e longe da fronteira com o Brasil, “é necessário reforço nas ações de vigilância e prevenção para impedir seu ingresso no país”.

Reconhecida como quarentenária, a praga consta na lista de prioridades do governo para a prevenção e vigilância fitossanitária.

O Ministério a Agricultura informa, ainda, que já está realizando tratativas com os demais países integrantes do Comitê de Sanidade Vegetal (Cosave), para tornar viáveis ações coordenadas em nível regional, e reforça a proibição do transporte de material vegetal (frutos, folhas, mudas de banana), solo e até mesmo material artesanal (bolsas, chapéus, entre outros) produzidos com folhas ou fibras de bananeira.

O Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) alerta aos bananicultores sobre a importância de que não sejam adquiridos materiais de propagação de banana de origem desconhecida, uma vez que essa tem sido uma importante via de disseminação da praga nos países em que ocorre atualmente.

O governo recomenda como referência o Comunicado Técnico nº 149 da Embrapa Amazônia Ocidental, que contém orientações sobre identificação, sintomas e cuidados a serem observados durante ações de monitoramento.

Em caso de identificação de sintomas característicos da praga, os produtores, responsáveis técnicos, extensionistas ou pesquisadores devem comunicar imediatamente os Serviços de Sanidade Vegetal nas Superintendências Federais de Agricultura do Ministério da Agricultura ou nas Agências Estaduais de Defesa Agropecuária nos seus respectivos estados.