Agricultura

Bolsonaro: Críticas sobre agroquímicos são reflexo de guerra comercial

O presidente afirmou que o governo precisa auxiliar os agroexportadores porque é o setor da economia que apresenta o melhor desempenho

Jair Bolsonaro
Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo precisa auxiliar os agroexportadores porque é o setor da economia que apresenta o melhor desempenho. Ele informou ainda que as recentes críticas, devido à pela liberação de agroquímicos, ocorrem em decorrência de uma guerra comercial, ou seja, com interesses econômicos.

“Tem que estimular o agronegócio. É a parte da economia que mais está dando certo no Brasil. Temos que colaborar com o setor”, disse o presidente em entrevista a jornalistas. “Liberamos uma centena de produtos que vão fazer bem para o agronegócio. Evoluímos”, afirmou.

Do início do ano até agora, o governo autorizou o registro de 262 substâncias usadas como defensivos agrícolas. Nesta semana, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que das 262 substâncias que tiveram o registro autorizado, apenas sete são novas, com dois novos ingredientes ativos (sulfoxaflor e florpirauxifen-benzil), e que as demais são classificadas como equivalentes, ou genéricos, e que a lei obriga a autorização destas substâncias por quebra de patente.

O Ministério da Agricultura afirmou que em nenhum dos casos o pedido de registro foi feito neste ano. “Os pedidos de registro aguardam na fila em média há quatro anos – e alguns há uma década, apesar de a lei determinar prazo de 120 dias para resposta”, disse o órgão em nota. 

O documento apontou também que não é correto comparar a lista de agrotóxicos autorizados pelo Brasil com a da União Europeia porque os cultivos das duas regiões variam. 

“Um país onde não se cultiva banana não tem necessidade de registrar um  agrotóxico para controle da broca-do-rizoma, por exemplo. A Europa não precisa do herbicida lactofen para a proteção da soja, pois a produção do grão é considerada irrisória”, disse o Ministério.

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