Café

Café: exportações para países árabes crescem 2,8% em comparação com 2019

O volume adquirido de janeiro a agosto de 2020 foi de 1,17 milhão de sacas de 60 quilos de café. Porém, a receita gerada pelos embarques teve queda de 8%

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Foto: Tina Guina/Unsplash

Países árabes compraram 2,8% mais café do Brasil no acumulado de 2020 frente ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O volume adquirido de janeiro a agosto deste ano foi de 1,17 milhão de sacas de 60 quilos de café. Já a receita teve queda de 8% e totaliza US$ 123,9 milhões nos oito primeiros meses de 2020.

A participação do bloco árabe como destino do café brasileiro teve uma pequena alta no mesmo comparativo, passando de 4,2% para 4,5%. O volume exportado pelo Brasil no acumulado do ano foi de 26,4 milhões de sacas, segundo maior volume embarcado para o período nos últimos cinco anos. A receita cambial gerada com as exportações totais de janeiro a agosto foram de US$ 3,4 bilhões.

Entre as variedades embarcadas, o conilon teve aumento de 13% frente ao exportado no período de 2019 e representa 11% do total das exportações. Já o arábica representou 78% dos embarques e o solúvel, 10%. Os principais destinos de café brasileiro foram Estados Unidos e Alemanha, que importaram 18,5% e 17% do total, respectivamente.

Agosto

Para o período, o volume exportado pelo Brasil foi de 3,3 milhões de sacas. O mês representa o início da comercialização da safra 2020 do arábica, que corresponde a 76,6% do volume total exportado. Já a receita cambial gerada em agosto foi de US$ 386,6 milhões, equivalente a R$ 2,1 bilhões, um aumento de 25,2% em reais em relação a agosto de 2019.

Enquanto o arábica é a principal espécie cultivada, os grãos do café conilon tiveram participação de 14,5% no mês e o solúvel representou 8,9% dos embarques. “O resultado de agosto demonstra a entrada da nova safra de café arábica no mercado e a continuidade positiva nos embarques de conilon, que garantiram ao Brasil uma boa performance nesse início de ano cafeeiro”, disse em nota Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

Segundo Carvalhaes, a cadeia do agronegócio do café continua desempenhando um trabalho de alta qualidade e eficiência, seguindo todas as medidas de prevenção e segurança determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e as entidades públicas de saúde municipais e estaduais.