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IGP-10 tem deflação de 0,59% em novembro; café cai 16,3%

Em sentido oposto, soja em grão, leite in natura e cana-de-açúcar registram aumento de preços

O Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) caiu 0,59% em novembro. No mês anterior, o indicador havia registrado variação de -1,04%. Com esse resultado, ele acumula alta de 5,70% no ano e de 5,55% em 12 meses. Em novembro de 2021, o índice subira 1,19% no mês e acumulava elevação de 19,78% em 12 meses.

“No âmbito do consumidor, a inflação acelerou refletindo a alta dos preços dos alimentos” — André Braz

“Nesta apuração, os três índices componentes do IGP-10 registraram avanço da inflação. O índice ao produtor apresentou queda menos intensa, dada a atual estabilidade dos preços dos combustíveis. No âmbito do consumidor, a inflação acelerou refletindo a alta dos preços dos alimentos. E, por fim, na construção civil, houve aumento mais forte nos preços dos serviços e da mão de obra”, afirma André Braz, coordenador dos índices de preços da Fundação Getulio Vargas (FGV).

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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,98% em novembro. No mês anterior, havia registrado taxa de -1,44%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos bens finais variaram de -0,30% em outubro para 0,23% em novembro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -1,47% para 0,08%. O índice relativo a bens finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,15% em novembro. No mês anterior, a taxa foi de -0,33%.

A taxa do grupo bens intermediários passou de -2,14% em outubro para -0,01% em novembro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de -1,70% para 0,58%. O índice de bens intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,07% em novembro, após queda de 1,54% no mês anterior.

Algumas movimentações de preços

frango
Foto: Canal Rural

O índice do grupo matérias-primas brutas intensificou a queda em sua taxa de variação, a qual passou de -1,69% em outubro para -3,17% em novembro. As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens:

  1. Aves (-2,72% para -4,71%);
  2. Minério de ferro (-0,52% para -9,69%);
  3. Café em grão (-2,33% para -16,30%).

Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: soja em grão (-0,86% para 0,63%), leite in natura (-7,21% para -4,90%) e cana-de-açúcar (-2,08% para -0,77%).

IGP-10 e IPC de novembro

alimentos - preços de alimentos - FAO
Foto: Pixabay

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,67% em novembro. Em outubro, ele havia variado 0,17%. Quatro das oito classes de despesa componentes do indicador registraram acréscimo em suas taxas de variação:

  1. Transportes (-2,17% para 0,47%);
  2. Alimentação (0,11% para 0,79%);
  3. Vestuário (0,37% para 0,93%);
  4. Saúde e cuidados pessoais (0,69% para 0,98%).

As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (-7,09% para 0,56%), hortaliças e legumes (4,05% para 9,73%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,88% para 2,01%) e roupas (0,26% para 0,98%).

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