A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) expressou preocupação com a declaração do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Jorge Viana, que associou problemas ambientais com a produção agropecuária brasileira.
Segundo a entidade, essa posição contraria os objetivos da Apex-Brasil de promover as exportações e atrair investimentos para setores estratégicos da economia brasileira, como o agronegócio.
A declaração foi feita durante um seminário em Pequim, na China, como parte da missão do governo brasileiro ao país asiático.
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Em ofícios enviados aos ministros Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Carlos Fávaro (Agricultura), o presidente da CNA, João Martins, afirmou que a entidade vê com preocupação essa postura.
A CNA, que é membro do Conselho Deliberativo da Apex-Brasil e parceira em um importante convênio de promoção de exportações do setor agropecuário, reforçou o compromisso do setor com a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente.
A entidade ressaltou que metade da área preservada de vegetação nativa no Brasil está dentro de imóveis rurais, sendo protegida por agricultores, e que apenas 7,8% do território brasileiro é ocupado por lavouras, um percentual abaixo de países como Estados Unidos, Alemanha, França e Índia.
A CNA afirmou que está à disposição para fornecer à Apex-Brasil dados e informações atualizadas sobre a sustentabilidade do agronegócio brasileiro, e cobrou da entidade uma postura coerente com os objetivos de sua missão.
A Confederação finalizou reiterando que o objetivo da Apex-Brasil é trazer ao Brasil investimentos em tecnologia e inovação para o agronegócio e “levar para o mundo o que temos de melhor, que são alimentos produzidos com a mais alta qualidade, responsabilidade ambiental e padrões de produção”.
