Agricultura

IBGE estima safra 2023 em 302 milhões de toneladas

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 92,9% da nova estimativa

Em janeiro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2023 deve totalizar 302,0 milhões de toneladas, 14,7% maior que a obtida em 2022 (263,2 milhões de toneladas) com crescimento de 38,8 milhões de toneladas; e 1,9% acima da informação de dezembro, com acréscimo de 5,7 milhões de toneladas. A área a ser colhida é de 75,8 milhões de hectares, 3,5% maior que em 2022 e 0,7% maior que o previsto em dezembro. As informações são do Levantamento “Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)” e foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira (8).

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O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 92,9% da estimativa da produção e respondem por 87,5% da área a ser colhida. Frente à 2022, houve acréscimos de 4,1% na área do milho (alta 1,4% no milho 1 safra e de 4,9% no milho 2 safra).

Também houve aumento de 1,2% na área do algodão herbáceo e de 4,6% na da soja. Por outro lado, houve queda de 4,4% na área do arroz e de 2,8% na do trigo. Em relação à produção, ocorreram acréscimos de 23,4% para a soja, de 1,3% para o algodão herbáceo, de 11,2% para o milho, com aumentos de 15,8% no milho na 1 safra e de 9,9% no milho na 2 safra. Houve decréscimos de 3,6% para o arroz em casca e de 13,6% para o trigo.

A estimativa de janeiro para a soja foi de 147,5 milhões de toneladas e a do milho foi de 122,5 milhões de toneladas (29,4 milhões de toneladas de milho na 1 safra e 93,1 milhões de toneladas de milho na 2 safra). A produção do arroz foi estimada em 10,3 milhões de toneladas; a do trigo em 8,7 milhões de toneladas e a do algodão, em 6,8 milhões de toneladas.

Projeção do IBGE para cada região

grãos grão soja milho trigo, preços - ibge
Foto: Pixabay/montagem

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para cinco grandes regiões:

  • Norte (11,1%);
  • Centro-Oeste (8,6%);
  • Sul (38,6%);
  • Nordeste (1,8%); e
  • Sudeste (1,0%).

Quanto à variação mensal, apresentaram aumento a regiões Norte (0,1%), Sul (2,0%) e Centro-Oeste (2,9%). Nordeste e Sudeste apresentaram estabilidade.

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 29,3%. Na sequência, aparecem Paraná (14,9%), Rio Grande do Sul (13,0%), Goiás (9,2%), Mato Grosso do Sul (8,1%) e Minas Gerais (5,8%) — somados, eles representam 80,3% do total.

Destaques na estimativa de janeiro de 2023

feijão
Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

Em relação a dezembro, houve aumento nas estimativas da produção de:

  1. Feijão 2ª safra (12,4% ou 149.816 t);
  2. Milho 2ª safra (7,2% ou 6.225.225 t);
  3. Trigo (3,1% ou 261.877 t);
  4. Tomate (2,9% ou 108.733 t);
  5. Aveia (2,6% ou 28.581 t);
  6. Batata 2ª safra (2,0% ou 23.158 t);
  7. Sorgo (1,6% ou 47.998 t);
  8. Cevada (1,1% ou 4.946 t);
  9. Feijão 3ª safra (0,1% ou 499 t); e
  10. Algodão herbáceo (em caroço) (0,0% ou 2.167 t).

Por outro lado, segundo o levantamento do IBGE, houve declínios nas estimativas da produção da castanha-de-caju (-6,6% ou -8 598 t), feijão 1ª safra (-3,3% ou 37 201 t), soja (-0,5% ou -813 606 t), milho 1ª safra (-0,4% ou -105 836 t), arroz (-0,2% ou -21 613 t), café arábica (-0,0% ou -763 t) e do café canephora (-0,0% ou -13t). Houve estabilidade na produção da batata 1ª e 3ª safras (0,0%).

Entre as grandes regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 141,9 milhões de toneladas (47,0%); Sul, 91,1 milhões de toneladas (30,1%); Sudeste, 28,1 milhões de toneladas (9,3%); Nordeste, 25,9 milhões de toneladas (8,6%); e Norte, 15,0 milhões de toneladas (6,0%).

As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Mato Grosso (4.029 136 t), no Paraná (1.776 034 t), em Alagoas (11.192 t), em Rondônia (9.401 t), no Pará (5.812 t), no Acre (1.862 t), no Maranhão (219 t) e no Rio de Janeiro (57 t). As principais variações negativas foram verificadas em Goiás (-73.379 t) e no Ceará (-15.907 t).

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