Agricultura

Mercado de fertilizantes defende plano para garantir soberania e segurança alimentar

Diretor de entidade do setor afirma que a atual política levou "deterioração da produção nacional"

O setor de fertilizantes, reunido nesta semana na Exposibram, reafirmou a importância de se manter as recentes políticas públicas em favor de um equilíbrio entre a produção nacional e a importação.

“Deterioração da produção nacional [de fertilizantes]” — Bernardo Silva

Em nota, o diretor-executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Matérias-Primas para Fertilizantes (Sinprifert), Bernardo Silva, criticou a política que, “nos últimos 25 anos”, incentivou a importação e levou à “deterioração da produção nacional”.

Ele lembra que hoje há 20 operações em 10 Estados brasileiros. Segundo o vice-presidente de relações públicas, sustentabilidade, estratégia e desenvolvimento de negócios da Mosaic Fertilizantes, Arthur Liacre, há potencial para crescer, uma vez que a produção nacional representa apenas 10% do que é consumido.

Fertilizantes: indústria estratégica

remineralizadores, fertilizantes
Foto: Pixabay

Silva, do Sinprifert, diz que a indústria é estratégica para o mundo, não só por segurança alimentar, mas por segurança nacional. “Os fertilizantes, apesar de serem commodities globais, têm a exploração concentrada em reserva mineral e não são todos os países que têm esse privilégio”, afirmou.

“Têm sido usados nestas disputas geopolíticas” — Bernardo Silva

“O Brasil tem bastante recurso para isso e precisamos explorá-lo para ter soberania nacional, já que os fertilizantes têm sido usados nestas disputas geopolíticas”, complementou Silva.

Leia também:

+ Agricultores têm perfil personalizado na plataforma Gov.br
+ Plataforma reúne dados sobre mercado de carbono
+ Feijão guandu consorciado em pastagem reduz emissão de metano em até 70%