Agricultura

Milho: USDA deve cortar safra da América do Sul; veja o que pode afetar o mercado

Confira os fatores que devem mexer com as cotações na próxima semana, de acordo com avaliação da consultoria Safras & Mercado

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da consultoria Safras & Mercado Consultoria Paulo Molinari:

  • Preços do  milho estão bastante firmes na Bolsa de Chicago (CBOT);
  • Tensão no mercado de trigo devido à crise na Ucrânia;
  • Maior demanda para milho norte-americano frente à quebra na Argentina;
  • Barril de petróleo acima de US$ 85 adiciona demanda para etanol nos Estados Unidos;
  • Novas altas na soja a tornam competitiva para ganhar área para o plantio da safra 2022 nos EUA. As chances de perdas de área no milho são crescentes;
  • Agora, o fluxo de exportações semanais pode acelerar esse corte de estoques;
  • Relatório do USDA de 9 de fevereiro terá que cortar produção de milho da América do Sul;
  • Mercado interno tem preços na região Sul se balizando em R$ 100 a saca, com exceção do norte do Paraná;
  • A safra de verão do cereal vai sendo colhida, mas a procura é acelerada pelo produto disponível. Não há pânico, mas a disputa no balcão é agressiva. Produtores esperam R$ 100 a saca no balcão;
  • No Sudeste, apesar da forte alta dos fretes e da chegada da colheita da soja, consumidores desejam comprar milho a preços baixos;
  • Preços baixos em praças como São Paulo, Minas Gerais e Goiás devem facilitar as compras por parte dos consumidores da região Sul e esvaziar a oferta nesses estados mais à frente;
  • Situação adicional de risco está na liquidez de parte do setor consumidor, devido à queda de preços do suíno principalmente;
  • Não há alternativas de importação de milho neste momento. O custo atual é R$ 104/105 mais ICMS/PIS/Cofins e frete interno.
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Foto: Claudio Neves/ Portos do Paraná