Agricultura

Milho: veja o que pode acontecer com o mercado nesta semana

A soja deve avançar forte em fevereiro, assumir a posição dominante na logística e complicar o quadro de comercialização do milho

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana.

As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.

– Demanda mundial agora se concentrando no milho norte-americano, com viés de elevação na exportação semanal e consequente sustentação de preços;

– Algum risco de agravamento na situação do Mar Negro mantém o trigo sob expectativa de movimentos mais expressivos com reflexos no milho;

– Retomada da China no mercado global, por enquanto, não é um grande fator para o mercado internacional de milho, mas pode se refletir no trigo;

– Clima na Argentina melhorando sensivelmente em janeiro, com boas chuvas e melhorando as condições do milho e da soja, apesar de já existir alguma quebra;

– Menor exportação da Argentina para 2023 deve carregar a demanda de milho também para os EUA;

– O mercado brasileiro vê ainda atrasos nas colheitas da soja e menor pressão de logística em janeiro;

– Espaço para algum fluxo de milho interno pelo produtor e da logística pelo comprador;

– O mercado interno ainda vai conseguindo se abastecer em janeiro de forma tranquila e até com alguma pressão de venda regional pelo produtor;

– Colheita no Rio Grande do Sul avançando, atendendo das demandas regionais e com natural acomodação de preços;

– Contudo, a soja deve avançar forte em colheitas em fevereiro, assumir a posição dominante na logística e complicar o quadro de comercialização do milho;

– Estranhamente, os produtores parecem preferir vender milho, em vez da soja, mesmo com o viés claramente baixista para a oleaginosa e altista para o cereal neste primeiro semestre;

– Clima na Argentina ainda pesa no psicológico do mercado brasileiro enquanto o câmbio pressiona as cotações da safrinha 2023;

– Exportações fechando em patamares altíssimos, estoques de passagem nos níveis mais baixos desde 2016, demanda interna forte são indicadores de alta para o milho neste semestre.