Milho

Milho: mercado segue de olho na quebra de safra no Sul

A preocupação é tanta, que o produtor de milho norte-americano pode elevar a área de plantio diante das perdas a nível brasileiro

O grande destaque do mercado de milho continua sendo as perdas com a safra, especialmente no Sul do país. A preocupação é tanta, que o produtor de milho norte-americano pode elevar a área diante das perdas a nível brasileiro.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.

– Mercado surpreende e quebra a barreira dos US$ 6/bushel na Bolsa de Chicago;

– Maior demanda para etanol pode reduzir estoques nos Estados Unidos;

– Exportação um pouco superior à projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) poderá gerar uma correção que reduza estoques;

– Nem mesmo as baixas do trigo em dezembro conseguiram derrubar o mercado de milho;

– China com baixa de preços na semana se mantém ausente para novas importações de origem EUA;

– Quebra na safra de soja na América do Sul poderá induzir de forma mais clara o produtor norte-americano ao maior plantio de soja nos EUA em 2022, reduzindo área com milho;

– Situação climática da América do Sul começa a pesar no ambiente internacional;

– Argentina com registros de exportação ainda fechados e possivelmente somente serão reabertos com a confirmação da produção da safra 2022, em março – Situação da safra de verão no Sul do Brasil é problemática

– Além das perdas no Rio Grande do Sul já confirmadas, agora parte de Santa Catarina, além do estado gaúcho, começam a sofrer com as altas temperaturas e ausência de chuvas;

– Milho em fase de polinização e pendoamento nestas regiões e sem chuvas é determinante para a perda de potencial de produção;

– Ofertas de milho desapareceram na região Sul e isso deve levar compradores a avançar em compras em outros estados em janeiro;

– Estoques baixos no setor consumidor podem gerar um janeiro com fortes altas no mercado brasileiro;

– Exportações de milho ultrapassam a linha de 20 milhões de toneladas e aceleram redução de estoques de passagem no Brasil;

– Antecipação da colheita da soja pela seca ajudar a promover o plantio mais precoce do milho de safrinha;

– É claro, as chuvas de janeiro serão importantes para todos;

– Até o dia 10 de janeiro, pelo menos, chuvas apenas localizadas no Sul do Brasil e Paraguai;

– Argentina entrando em fase de atenção por clima a partir de janeiro.

milho mato grosso
Foto: Douglas Junior Turcheti