Milho

Preços do milho: veja o que pode mexer com o mercado na semana

Mercado observa produtividades nos EUA e no Brasil; confira a análise da consultoria Safras & Mercado

A última semana teve um forte movimento financeiro internacional , após reuniões do Federal Reserve, o “Fed” (banco central dos Estados Unidos), e relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI). Com isso, houve forte ação vendedora de fundos e investidores no mercado de commodities, desde minério de ferro até ouro. De acordo com a consultoria Safras & Mercado,  o milho, a soja e o trigo passaram pelo mesmo processo. A  forte alta do dólar no mercado internacional também pressiona as commodities.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista Paulo Molinari, da Safras & Mercado:

    • Chuvas atingem o Meio-Oeste dos EUA neste momento de definição da safra norte-americana
    • Mercado se prepara para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do próximo dia 12. Deve haver um ajuste de produtividade, possivelmente para baixo
    • Também deve haver ajuste para cima nas importações da China, mas uma maior safra chinesa 2021 à frente
    • Mercado entra em agosto com muitas estimativas de produtividade. No cenário brasileiro,  são contabilizados os avanços gerais de colheita. Mato Grosso já se aproxima de 70% do milho colhido, enquanto os demais estados têm o problema do grão ainda muito úmido e trabalhos devem avançar em agosto. Problemas de qualidade e peso do grão de milho vão aparecer claramente agora
    • Alguma pressão de venda pelo produtor e alguma baixa regional seriam normais neste momento do mercado
    • As empresas tentam importações de milho, mas há muito mais mídia do que volumes realmente contratados. Os custos de importação hoje chegam a R$ 92/ R$ 93 no porto, mais despesas portuárias, frete interno, PIS/Cofins e ICMS. Na prática, quatro navios estão em direção ao Brasil em agosto, com pouco mais de 80 mil toneladas, nada mais
    • O mercado consumidor tenta alguma pressão sobre os preços neste momento em que ainda teremos colheitas internas.
  • Veja também:
    Milho: mercado segue de olho no clima brasileiro e norte-americano