Agricultura

Plano Safra 2022/23 ainda sai no mês de junho?

As negociações continuam com a área econômica e com representantes do setor, diz Ministério da Agricultura

O mês de junho está chegando ao fim e, com ele, o encerramento de mais um ano agrícola. Até o momento, no entanto, não há previsão sobre a data de lançamento do Plano Safra 2022/23.

Com a inflação e os custos de produção cada dia mais elevados, produtores rurais de todo o país aguardam com ansiedade o lançamento do novo plano. A expectativa era de que o anúncio ocorresse no final deste mês. Contudo, até o momento, não há sequer uma previsão para o lançamento.

nós entramos em contato com a assessoria de imprensa do ministério da agricultura nesta segunda-feira, que informou que as negociações continuam entre o ministério, a área econômica do governo federal e os representantes do setor do agronegócio./

No ano passado, o anúncio aconteceu no dia 22 de junho. Vale lembrar que o início da vigência do novo plano é em 1º de julho – ou seja, dentro de dez dias.

Entraves para o Plano Safra

O Ministério da Agricultura solicitou um orçamento no valor de R$ 330 bilhões, enquanto o plano anterior teve recursos da ordem de R$ 252 bilhões. Mas essa não tem sido uma tarefa fácil para o Ministério da Economia.

Um dos entraves é a alta da Selic, que obriga o governo a alocar mais dinheiro para compensar a diferença entre a taxa de juros de mercado e a oferecida pelo plano, que é bem mais baixa.

Na manhã desta segunda-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro teve uma reunião com o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro. A expectativa é que o assunto desse encontro tenha sido justamente o Plano Safra.

No início de junho, Ribeiro, afirmou, durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, que a ideia do banco era aumentar o volume de crédito em pelo menos 20% no Plano Safra 2022/23.

Nós entramos em contato com o banco para pedir mais detalhes a respeito do encontro entre Ribeiro e Bolsonaro, que foi fechado. No entanto, a assessoria do Banco do Brasil disse que não iria comentar a o assunto.