Agricultura

Preços do café devem ter queda em 2022, aponta analista

Os preços do café subiram mais de 60% nos últimos 12 meses, se consolidando no segundo lugar no ranking de valorização de commodities

O mercado brasileiro e internacional de café tende a ter preços menores no restante do ano. A previsão foi feita pelo analista de Safras & Mercado, Gil Barabach.

Após um período bem positivo para os preços, o mercado está antecipando uma correção e se afastando das máximas. O analista aponta dois pontos que comandam essa correção: o ajuste na carteira dos fundos, acelerado pelo conflito na Ucrânia, e a perspectiva com a entrada da safra brasileira.

Os preços do café subiram mais de 60% nos últimos 12 meses em Nova York, se consolidando no segundo lugar no ranking de valorização de commodities no período, perdendo apenas para o petróleo.

“A quebra na safra brasileira, devido aos problemas de falta de chuvas e estiagem, que também prejudicaram o potencial produtivo da safra 22, e fatores financeiros e logísticos determinaram essa elevação”, explica Barabach.

O analista apontou ainda alguns pontos que poderão diminuir o ritmo da correção nos preços do café em Nova York e no Brasil, destacando o déficit na relação de oferta e demanda global, a perda no potencial produtivo no Brasil, o mercado de clima durante a colheita no país e a volatilidade no cenário financeiro.

A estimativa de Safras & Mercado é que a produção brasileira de café em 2022 fique em 61,1 milhões de sacas. Em 2021, o país colheu 59,65 milhões e no ano anterior 67,95 milhões de sacas.