Agricultura

Soja e milho reagem positivamente ao clima frio no Brasil; veja as notícias desta quarta

Já no mercado do boi gordo, preço segue equilibrado entre oferta restrita e escalas confortáveis; confira

  • Boi: mercado segue equilibrado e com preços estáveis
  • Milho: cotações sobem reagindo ao clima

  • Soja: saca tem valorização pelo sétimo dia consecutivo

  • Café: frio intenso gera forte alta no Brasil e em Nova York

  • No exterior: bolsas sobem com expectativa positiva de resultados corporativos

  • No Brasil: mercados ensaiam recuperação

  • Agenda:

    • Brasil: fluxo cambial semanal (Banco Central)
    • EUA: estoques de gasolina

    • EUA: estoques de petróleo (DoE)

    Boi: mercado segue equilibrado e com preços estáveis

    De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a arroba do boi gordo teve um dia de preços estáveis e o mercado segue equilibrado entre uma oferta restrita e escalas de abate confortáveis. Pelo lado da demanda, o analista Fernando Iglesias aponta que há algum otimismo com a retomada da economia no segundo semestre. Se isso ocorrer, os preços devem ter mais uma rodada de alta.

    Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram um dia de cotações praticamente estáveis em movimento muito similar ao observado no mercado físico. O ajuste do vencimento para julho passou de R$ 318,45 para R$ 318,15, do outubro foi de R$ 324,55 para R$ 324,60 e do novembro, de R$ 327,95 para R$ 329,00 por saca.

    Milho: cotações sobem reagindo ao clima

    O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve um dia de preços levemente mais altos. A cotação variou 0,01% em relação ao dia anterior e passou de R$ 97,48 para R$ 97,49 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 23,95%. Em 12 meses, os preços alcançaram 96,95% de valorização.

    Na B3, a alta foi mais intensa que no indicador do Cepea e os contratos futuros do milho reagiram ao clima frio em regiões produtoras brasileiras. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 96,11 para R$ 97,15, do novembro foi de R$ 96,89 para R$ 98,11 e o do março de 2022 subiu de R$ 98,18 para R$ 99,46 por saca.

    Soja: saca sobe pelo sétimo dia consecutivo

    O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) chegou ao sétimo dia consecutivo de alta. A cotação variou 0,66% em relação ao dia anterior e passou de R$ 170,89 para R$ 172,01 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 11,77%. Em 12 meses, os preços alcançaram 47,31% de alta.

    Em Chicago, o dia foi marcado por preços mais altos para os contratos futuros da soja, porém, as cotações ficaram longe das máximas, pois recuaram no final do pregão. O vencimento para novembro subiu 1,15% e passou de US$ 13,726 para US$ 13,884 por bushel. Dessa forma, este avanço não foi capaz de compensar a queda do dia anterior.

    Café: frio intenso gera forte alta no Brasil e em Nova York

    De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café subiram fortemente no mercado brasileiro em decorrência das geadas observadas em regiões produtoras no Brasil. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 850/855 para R$ 890/895, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação foi de R$ 855/860 para R$ 900/905 por saca.

    Na bolsa de Nova York, após um dia de apreensão em virtude do avanço da Covid-19 gerar queda intensa, o clima frio e as geadas no Brasil garantiram fortes altas também para os contratos futuros do café arábica. O vencimento para setembro avançou 6,65% e passou de US$ 1,5640 para US$ 1,6680 por libra-peso.

    No exterior: bolsas sobem com expectativa positiva com resultados corporativos

    A expectativa por bons resultados de empresas globais na próxima temporada de balanços corporativos e correção técnica após as baixas dos últimos dias gerou fortes altas nas bolsas mundiais. Nos Estados Unidos, o Dow Jones subiu 1,62%, o S&P 500 avançou 1,52% e o índice Nasdaq, que carrega ações de tecnologia, saltou 1,57%.

    A preocupação em relação à variante Delta do novo coronavírus e o aumento de casos da Covid-19 nos Estados Unidos e na Europa seguem concentrando atenção dos investidores. Um forte sinal de que há dúvidas em relação ao ritmo da recuperação econômica é o comportamento das taxas de juros futuras dos títulos do Tesouro norte-americano, que recuaram novamente.

    No Brasil: mercados ensaiam recuperação

    Ainda apoiado no cenário externo, os ativos brasileiros ensaiaram uma pequena recuperação após as perdas dos últimos dois dias. O Ibovespa teve uma alta de 0,81% e fechou o dia cotado a 125.401 pontos, ainda longe da máxima do ano de 131.190 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial caiu 0,37% e ficou cotado a R$ 5,231.

    No lado político, o presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que deve vetar o aumento do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões. A elevação havia sido aprovada em votação simbólica durante a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022 no Congresso Nacional. Em relação à pandemia, o país continua observando redução de casos e óbitos em virtude do avanço da campanha de vacinação.