Soja

Preço da soja no porto de Paranaguá fica acima de R$ 170; vejas as notícias desta segunda

No acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 10,71%. Em 12 meses, os preços alcançaram 47,52% de valorização

  • Boi: arroba encerra semana estável após quedas

  • Milho: sequência de altas é interrompida

  • Soja: saca volta a superar R$ 170 no porto de Paranaguá (PR) após mais de um mês

  • Café: arábica rompe US$ 1,60 por libra-peso em Nova York

  • No exterior: economia norte-americana dá sinais ambíguos

  • No Brasil: exterior pressiona negativamente ativos brasileiros

  • Agenda:

    • Brasil: relatório focus (Banco Central)

    • Brasil: balança comercial das três primeiras semanas de julho

    • EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)

    Boi: arroba encerra semana estável após quedas

    A arroba do boi gordo terminou a semana estável e cotada a R$ 316, na modalidade a prazo em São Paulo, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. A semana foi marcada por uma queda de até R$ 2 no mercado paulista em virtude do avanço das escalas de abate. Ainda assim, a consultoria aponta que o cenário de oferta restrita permanece dominando o mercado no curto prazo.

    Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram um dia com uma pequena correção nos preços, de forma que praticamente toda a curva teve ligeiras variações negativas. O ajuste do vencimento para julho passou de R$ 318,75 para R$ 318,10, do outubro foi de R$ 322,65 para R$ 322,45 e do novembro foi de R$ 326,00 para R$ 325,80 por arroba.

    Milho: sequência de altas é interrompida

    O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), encerrou uma sequência de 15 dias seguidos de alta e apresentou desvalorização. A cotação variou -0,68% em relação ao dia anterior e passou de R$ 98,01 para R$ 97,34 por saca. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 23,76%. Em 12 meses, os preços alcançaram 98,61% de valorização.

    Na B3, a curva de contratos futuros do milho teve comportamento semelhante ao demonstrado no mercado físico e as quedas predominaram. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 96,56 para R$ 95,12, do novembro foi de R$ 96,89 para R$ 95,99 e do março de 2022 caiu de R$ 97,49 para R$ 97,21 por saca.

    Soja: saca volta a superar R$ 170 no porto de Paranaguá (PR) após mais de um mês

    O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), superou R$ 170 por saca pela primeira vez desde 10 de junho. A cotação variou 0,88% em relação ao dia anterior e passou de R$ 168,9 para R$ 170,39 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 10,71%. Em 12 meses, os preços alcançaram 47,52% de valorização.

    Em Chicago, o contrato mais negociado da soja atualmente, com prazo para novembro, está muito próximo de voltar a ficar acima de US$ 14 por bushel. O vencimento para novembro subiu 0,84% e passou de US$ 13,80 para US$ 13,916 por bushel. A previsão de clima seco no Meio Oeste norte-americano determinou o avanço dos preços.

    Café: arábica rompe US$ 1,60 por libra-peso em Nova York

    As cotações do café arábica negociado na bolsa de Nova York tiveram forte alta e o contrato mais líquido atualmente voltou a superar os US$ 1,60 por libra-peso. O vencimento para setembro subiu 2,74% e passou de US$ 1,5705 para US$ 1,6135 por libra-peso. A previsão de clima frio nesta semana em regiões produtoras brasileiras impulsionou o mercado.

    De acordo com a consultoria Safras & Mercado, no Brasil, os preços seguiram a forte alta observada no exterior. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 825/830 para R$ 865/870, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação foi de R$ 835/840 para R$ 865/870 por saca.

    No Exterior: economia norte-americana dá sinais ambíguos

    Os dados macroeconômicos dos Estados Unidos mais uma vez vieram com sinais opostos. Enquanto as vendas do varejo subiram 0,6% em junho e ficaram bem acima do esperado, que era uma queda de 0,4%, a confiança do consumidor apurada pela Universidade de Michigan passou de 85,5 pontos em junho para 80,8 pontos em julho. Foi o menor patamar do indicador desde fevereiro.

    Os dados de confiança do consumidor podem mostrar que o aumento recente da inflação já gera insegurança financeira para a sociedade norte-americana. Com esses resultados conflitantes, os três principais índices de ações dos EUA, o Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq fecharam o dia em quedas ao redor de 0,8%.

    No Brasil: exterior pressiona negativamente ativos brasileiros

    O dia negativo no exterior pressionou o mercado brasileiro de ações e a bolsa teve um dia de queda, seguindo os principais índices norte-americanos. O Ibovespa recuou 1,18% e ficou cotado a 125.960 pontos, e segue preso entre o intervalo de 125 e 130 mil pontos. Enquanto isso, o dólar comercial teve uma ligeira alta de 0,01% e ficou cotado a R$ 5,115.

    O IGP-10 de julho mostrou forte desaceleração em relação ao resultado de junho. O indicador passou de 2,32% para 0,18% e ficou dentro das expectativas de analistas de mercado. O destaque ficou por conta da diminuição da inflação dos itens que compõem o índice de preços no atacado, sobretudo os de commodities agrícolas e metálicas.