Agricultura

Tabela do frete: Não há argumento técnico para reajuste de 9%, diz Abiove

A ANTT revisou os valores na semana passada e os novos preços mínimos entraram em vigor nesta segunda-feira, 20

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Para a associação, que representa as principais tradings de soja do país, o cenário ideal é que a tabela do frete seja considerada inconstitucional. Foto: Daniel Popov

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) diz que não há argumentos técnicos para o reajuste de 9% no preço mínimo para o transporte de grãos. Os novos valores da tabela do frete foram estabelecidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na última semana e entraram em vigor na segunda-feira, 20.

De acordo com o presidente da Abiove, André Nassar, não houve variações expressivas no preço do diesel e do pedágio que justifiquem o patamar do reajuste do transporte de cargas. Para ele, a alíquota foi a uma resposta a uma “demanda dos caminhoneiros autônomos”.

A associação não está confiante de que o Supremo Tribunal Federal (STF) chegará a uma conclusão sobre a constitucionalidade do tabelamento do frete no mês que vem. O julgamento sobre o assunto está previsto para 19 de fevereiro. Mas a discussão, que se arrasta desde 2018, já foi adiada algumas vezes.

Para a Abiove, que representa as principais tradings de soja do país, o cenário ideal é que a tabela do frete seja considerada inconstitucional. Ou, pelo menos, que haja o estabelecimento de um prazo para vigência do piso mínimo. Caso isso não aconteça, a associação estudará medidas para tentar reverter o tabelamento no Legislativo.