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'Amazônia não queimou em um ano e meio, se algo está errado foi em 30 anos'

De acordo com o ministro Paulo Guedes, da Economia, críticas em relação à gestão ambiental do governo são narrativa de ‘perdedores a eleição’

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira, 19, que as críticas feitas ao governo brasileiro em relação à má gestão ambiental e ao aumento das queimadas são um exagero e uma narrativa dos “perdedores da eleição.” “Essa história de matar índios e queimar florestas é um exagero. A Amazônia não queimou em um ano e meio, se algo está errado foi pelos últimos 30 anos”, disse o ministro durante o evento online US-Brazil Connect Summit, organizado pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos.

Guedes destacou que as fronteiras brasileiras são extensas, mas que o governo tem feito o melhor para preservar a floresta, com a ajuda das Forças Armadas. Segundo o ministro, só quem não conhece o Brasil pensaria que os militares não protegeriam a floresta. “Preservamos os índios, demos 14% do território para menos de 0,5% da população.”

Ainda no tema de sustentabilidade, o ministro também argumentou que o Brasil tem a matriz energética mais limpa do mundo. “Entendemos que temos papel importante em manter matriz de energia limpa.”

Inserção no mercado global

O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt, repetiu que o governo trabalha para aumentar a inserção brasileira no mercado global e destacou a busca por acordos comerciais com outros países e blocos econômicos.

“Um dos nossos objetivos é aumentar a integração na região e no mundo, e a celebração de acordos com os Estados Unidos é uma das prioridades do governo de Jair Bolsonaro”, afirmou, no evento online US-Brazil Connect Summit.

Fendt citou os tratados de facilitação do comércio, de melhores práticas regulatórias e anticorrupção que, segundo ele, serão a fundação de um acordo de comércio mais ambicioso. Ele lembrou que os EUA são o segundo principal parceiro comercial do Brasil.

“Temos uma oportunidade única para fortalecer as nossas relações bilaterais. A parceria com os EUA é essencial para uma recuperação sustentável”, afirmou.

O secretário reforçou o compromisso do Brasil com a agenda ambiental, que é parte do acordo entre Mercosul e União Europeia. “O processo de votação e homologação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia é longo e sujeito a pressões políticas. O discurso ambiental com interesses legítimos de grupos de interesse afetam a opinião pública sobre os pontos positivos do acordo. Para nós, o acordo é um indutor do desenvolvimento sustentável”, afirmou.

Fendt enfatizou que o governo brasileiro tem tomado medidas para proteger as florestas e a biodiversidade. “As queimadas mostradas em imagens de satélites não são apoiadas pelo governo. São ações criminais que têm sido combatidas pelas autoridades”, completou.

Mike Pompeo

O secretário de Estados dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou que o Partido Comunista Chinês é importante para o comércio de Brasil e Estados Unidos, mas também é um enorme risco à segurança dos países. Por isso, Pompeo afirmou que o avanço de acordos comerciais com o Brasil é importante para diminuir a dependência dos dois países da China. “Queremos que os acordos com o Brasil avancem mais e mais.”

Brasil e EUA estão para assinar um acordo triplo: de facilitação de comércio, de melhores práticas regulatórias e anticorrupção. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou que economia de livre mercado e democracia andam juntas. “Não podemos ter economia de mercado funcionando corretamente sem democracia”, disse, comentando sobre os objetivos comuns dos dois países.

Araújo e Pompeo também participaram do evento online US-Brazil Connect Summit, organizado pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos.