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Arroba do boi gordo segue estável; confira os destaques desta quinta-feira

A arroba do boi gordo teve dia de estabilidade das cotações. Porém, situação dos criadores é cada vez mais preocupante

  • Boi: arroba segue estável, mas situação preocupa criadores, diz Safras & Mercado
  • Milho: saca cai abaixo de R$ 90 na B3
  • Soja: alta do dólar em relação ao real nos últimos dias impulsiona cotações
  • Café: arábica tem alta no Brasil e no exterior
  • No exterior: mercados monitoram solução para teto da dívida dos EUA
  • No Brasil: IGP recua novamente e varejo decepciona

Agenda

  • Brasil: dados das lavouras do Rio Grande do Sul (Emater)
  • Brasil: previsão para a safra de grãos do Brasil em 2021/22 (Conab)
  • EUA: exportações semanais de grãos (USDA)

Boi: arroba segue estável, mas situação preocupa criadores, diz Safras & Mercado

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a arroba do boi gordo teve o segundo dia de estabilidade das cotações. Porém, a análise da consultoria é que a situação dos criadores é cada vez mais preocupante para manter os animais confinados em virtude da ocorrência de chuvas sazonais no Sudeste e Centro-Oeste.

Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo seguiram em recuperação, ainda que concentrada nas pontas mais longas, enquanto o primeiro futuro teve queda. O ajuste do vencimento para outubro passou de R$ 284,35 para R$ 282,85, do novembro foi de R$ 289,50 para R$ 291,15 e do dezembro foi de R$ 296,20 para R$ 300,50 por arroba.

Milho: saca cai abaixo de R$ 90 na B3

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve um dia de preços ligeiramente mais baixos. A cotação variou -0,26% em relação ao dia anterior e passou de R$ 92,22 para R$ 91,98 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 16,95%. Em 12 meses, os preços alcançaram 40,47% de valorização.

Na B3, a curva de contratos futuros do milho recuou novamente e as pontas mais curtas ficaram abaixo de R$ 90 por saca pela primeira vez desde o final de junho. O ajuste do vencimento para novembro foi de R$ 90,27 para R$ 89,73, do janeiro de 2022 passou de R$ 90,65 para R$ 89,98, do março foi de R$ 91,23 para R$ 90,81 e por fim, do maio saiu de R$ 87,97 para R$ 87,94 por saca.

Soja: alta do dólar em relação ao real nos últimos dias impulsiona cotações

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve valorização puxada pela alta do dólar em relação ao real nos últimos dias. A cotação variou 1,1% em relação ao dia anterior e passou de R$ 170,7 para R$ 172,58 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 12,14%.

Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja não conseguiram sustentar o movimento de recuperação observado na última terça-feira, 05, e recuaram. O vencimento para novembro, o contrato com mais negócios no momento, caiu 0,67% na comparação diária e passou de US$ 12,504 para US$ 12,42 por bushel.

Café: arábica tem alta no Brasil e no exterior

De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no Brasil tiveram valorização acompanhando a variação do câmbio e do arábica em Nova York. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 1.140/1.150 para R$ 1.150/1.155, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação foi de R$ 1.150/1.160 para R$ 1.160/1.170 por saca.

Na bolsa de Nova York, as cotações do café arábica tiveram recuperação apenas parcial da forte baixa ocorrida no dia anterior. O mercado segue monitorando o clima no Brasil. O vencimento para dezembro, o mais negociado atualmente, teve valorização de 0,81% na comparação diária e passou de US$ 1,919 para US$ 1,9345 por libra-peso.

No exterior: mercados monitoram solução para teto da dívida dos EUA

Os mercados globais tiveram um dia de alta volatilidade em virtude de notícias sobre uma solução para o teto da dívida dos Estados Unidos. A falta de um acordo no Congresso norte-americano para a extensão de curto prazo do teto tem causado aumento da aversão ao risco, elevado as taxas futuras dos juros do Tesouro dos EUA e gerado quedas nas bolsas.

Após notícias de que o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, pretende oferecer uma proposta para extensão até novembro, as bolsas ensaiaram uma pequena melhora. Ainda assim, o sentimento de cautela permanece entre os investidores, sobretudo, por conta das preocupações em relação à aceleração da inflação e sobre o aumento dos preços globais de energia.

No Brasil: IGP recua novamente e varejo decepciona

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo de agosto recuaram 3,1% na comparação mensal e ficaram muito aquém das expectativas de mercado, que projetavam avanço de 0,7%. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-DI caiu 0,55% em setembro e seguiu tendência de queda dos indicadores gerais de inflação.

A pressão do exterior penalizou o Ibovespa durante grande parte do dia, porém, a possibilidade de acordo em relação aos precatórios trouxe alívio. Dessa forma, o principal índice de ações da bolsa brasileira subiu 0,09% na comparação diária e ficou cotado aos 110.559 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial teve valorização de 0,02% e passou de R$ 5,485 para R$ 5,486.