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Arroz: importação de fora do Mercosul não registra força esperada, diz Safras

De acordo com a consultoria, a importação de arroz em outubro não sofreu influência da implementação, no mês anterior, das cotas sem tarifa

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Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini

O mercado brasileiro de arroz perdeu um pouco de força na primeira semana de novembro. Na média do Rio Grande do Sul, estado referência para preços de arroz em casca no Brasil, a indicação ficou em R$ 104,95 por saca de 50 quilos no dia 5 de novembro, ante R$ 105,60 por saca no dia 29 de outubro, indica a consultoria Safras & Mercado.

Em 30 dias, havia recuo acumulado de 0,62%. Frente ao mesmo período do ano anterior, a diferença era 125,07% positiva.

O mercado doméstico manteve o ritmo lento de negócios e um volume maior de importações nesta reta final de ano. “No entanto, não com a robustez esperada após a retirada da TEC”, afirma o analista de Safras & Mercado Gabriel Viana.

“A importação de arroz em outubro não sofreu influência da implementação, no mês anterior, de uma cota sem tarifa para compra de 400 mil toneladas do produto de fora do Mercosul até o final do ano, apontou o Ministério da Economia”, destaca o analista.

A decisão foi tomada pelo governo em meio à expressiva alta no preço do arroz no país. Antes da retirada da TEC, incidiam sobre os países fornecedores de fora do Mercosul as tarifas de 12% sobre o grão beneficiado e de 10% sobre o arroz em casca.

Em outubro, a importação de arroz sem casca cresceu 114% sobre igual mês de 2019, a 102 mil toneladas, com Uruguai, Paraguai e Argentina concentrando basicamente toda a venda do produto. Por outro lado, a importação do arroz em casca caiu 54% na mesma base, a 2,5 mil toneladas, sendo Paraguai e Uruguai as principais origens.