Aviação brasileira testa combustíveis mais ecológicos

Expectativa é de que primeiros biocombustíveis estejam prontos em cinco anosA busca por combustíveis mais sustentáveis chegou à aviação. A necessidade de reduzir os gases-estufa do setor aéreo, que correspondem a 2% das emissões globais, leva empresas de aviação, fabricantes de aviões e centros de pesquisas a uma corrida tecnológica para desenvolver biocombustíveis que possam substituir, ao menos em parte, o querosene derivado do petróleo. O Brasil já concentra várias frentes de pesquisa, e a expectativa é de que em cinco anos os primeiros biocombustíveis para aviação e

A fabricante faz parte de uma aliança para testar os biocombustíveis em suas aeronaves, com a companhia aérea Azul, a fabricante de equipamentos GE e a Amyris, empresa de biotecnologia. O primeiro voo teste deve ocorrer no primeiro semestre de 2012.
 
A pesquisa utiliza cana-de-açúcar como matéria-prima para a produção do bioquerosene, um “etanol” para aviões.

Segundo Freire, essas pesquisas se justificam porque a aviação é um setor em expansão em todo o mundo e as emissões de gases-estufa tendem a crescer, ao mesmo tempo em que governos começam a taxar empresas pelas emissões. Em razão disso, o setor de aviação estabeleceu a meta de reduzir em 50% as emissões da indústria até 2050, em relação ao ano de 2005.
 
Voo experimental
A TAM realizou, em novembro de 2010, o primeiro voo experimental com biocombustível de pinhão-manso, oleaginosa também usada na produção de biodiesel. O avião, um Airbus A320, com capacidade para 174 passageiros, decolou com dois comandantes e outras 18 pessoas, entre técnicos e executivos da empresa. Saiu do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e sobrevoou o Atlântico por 45 minutos.
 
? Após o voo experimental, o próximo passo desse projeto é a implementação e a operação de uma unidade de plantio de pinhão-manso, em escala reduzida, no Centro Tecnológico da TAM, em São Carlos, no Estado de São Paulo. Nossa expectativa é termos um estudo completo de viabilidade em dois anos ? avalia Paulus Figueiredo, gerente de Energia da TAM.