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Boi, café e soja têm queda e milho se mantém firme; veja notícias desta terça

Destaque para a continuidade do movimento de desvalorização da arroba do boi gordo, que se aproxima de R$ 300 em São Paulo

  • Boi: arroba cai para R$ 304/305 em São Paulo, diz Safras & Mercado
  • Milho: preços firmes no interior e queda nos portos
  • Soja: cotações acompanham Chicago e recuam
  • Café: arábica segue em correção em Nova York e tem nova baixa
  • No exterior: mercados mais pessimistas com dúvidas quanto à recuperação nos EUA
  • No Brasil: ata do Copom e IPCA são destaques na agenda

Agenda:

  • Brasil: ata da última reunião do Copom (Banco Central)
  • Brasil: IPCA de abril (IBGE)
  • EUA: oferta de empregos em março

Boi: arroba cai para R$ 304/305 em São Paulo, diz Safras & Mercado

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a arroba do boi gordo em São Paulo recuou de R$ 307/308 para R$ 304/305. Em Dourados (MS), a queda foi ainda maior, de R$ 295 para R$ 290 por arroba. Apesar da melhora da oferta estar pressionando para baixo os preços no mercado físico, a consultoria pontua que a carne negociada no atacado mantém firmeza.

Assim como na última semana de abril, a primeira de maio registrou desaceleração do ritmo de exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Foram embarcadas 29,81 mil toneladas no período, um número 23,1% abaixo do observado em maio de 2020. A queda do dólar em relação ao real nas últimas semanas pode estar contribuindo com este movimento de redução do ritmo dos embarques.

Milho: preços firmes no interior e queda nos portos

O mercado brasileiro de milho abriu a segunda semana de maio com preços firmes ao produtor, porém, com quedas nos portos, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. A forte baixa em Chicago foi o principal fator a pressionar as cotações nos portos. O cenário de oferta apertada permanece sustentando os preços no interior do país.

Na primeira semana de maio, foram exportadas apenas 484,5 toneladas de milho nos portos brasileiros. Dessa forma, o resultado ficou 92,23% abaixo da média registrada no mesmo mês de 2020. O clima seco na América do Sul e o foco do produtor na safrinha geram retenção da oferta tanto para o mercado doméstico quanto para o internacional.

Soja: cotações seguem Chicago e recuam

O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve um dia de baixa dos preços. A cotação variou -0,16% em relação ao dia anterior e passou de R$ 177,51 para R$ 177,23 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 15,16%. Em 12 meses, os preços alcançaram 57,06% de alta.

Os embarques brasileiros de soja somaram 4,69 milhões de toneladas na primeira semana de maio. Com isso, a média diária exportada alcançou 938,4 mil toneladas e ficou 33,03% acima do observado em maio de 2020. O resultado também representou uma aceleração em relação à última semana de abril, mostrando que o ritmo deve permanecer forte nas próximas semanas.

Café: arábica segue em correção em Nova York e tem nova baixa

O movimento de realização dos lucros e correção técnica iniciado no final da semana passada continuou nesta segunda-feira, 10, em Nova York. Os preços recuaram de maneira ainda mais expressiva. O contrato com vencimento para julho recuou 3,17% na comparação diária e ficou cotado a US$ 1,4805 por libra-peso.

No Brasil, com o dólar praticamente estável em relação ao real e nos níveis mais baixos desde janeiro, a queda em Nova York teve efeito bastante negativo. O indicador do café arábica do Cepea teve um dia de baixa dos preços. A cotação variou -1,76% em relação ao dia anterior e passou de R$ 820,45 para R$ 805,98 por saca.

No exterior: mercados mais pessimistas com dúvidas quanto à recuperação nos EUA

Os mercados abrem a semana em tom mais pessimista com dúvidas em relação à recuperação econômica nos Estados Unidos após os fracos dados de criação de empregos em abril. As bolsas europeias abriram esta terça-feira, 11, em movimento de baixa seguindo o fechamento de segunda-feira dos EUA. Enquanto isso, os futuros dos índices norte-americanos estendem as quedas observadas nesta segunda-feira.

O presidente Joe Biden rebateu a crítica de que o seguro-desemprego e os auxílios monetários desestimulam a busca por trabalho. Segundo ele, quem receber uma oferta de trabalho adequada deve aceitar o emprego ou perderá o benefício. Hoje, os investidores voltam a focar em dados de empregos com a oferta de vagas em março.

No Brasil: ata do Copom e IPCA são destaques na agenda

Em dia agitado para o mercado de juros, o Banco Central divulga a ata da última reunião do Copom e o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o IPCA de abril. Em relação à ata, os investidores não aguardam grandes novidades e apenas ficarão atentos às projeções da diretoria de política monetária, além de sinalizações para as reuniões do segundo semestre.

Quanto à inflação, a expectativa é de forte desaceleração do IPCA mensal na comparação de abril com março. Porém, o efeito base deve fazer com que o acumulado em 12 meses tenha mais uma forte aceleração. Surpresa negativa, ou seja, de inflação maior que o projetado pode fazer com que o mercado aposte em altas maiores da Selic.