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Boi gordo: maior oferta de animais não deve baixar preços da arroba, diz analista

Segundo analista da Agrifatto, os valores já são negociados a R$ 300 por arroba em algumas regiões do Brasil

Os valores da arroba do boi gordo registraram um novo recorde no indicador Cepea ao atingir R$ 297. Essa foi a quarta elevação consecutiva do indicador. No acumulado do ano, a alta chega a 11,19%, em comparação com igual período do ano passado, a valorização é de 55,85%.

Segundo Yago Travagini, analista de mercado da Agrifatto, a oferta restrita de animais segue ditando o ritmo dos preços, cenário que deve se manter nos próximos meses. “Temos uma pressão na oferta muito grande. O boi não está chegando no frigorífico e esse cenário deve permanecer pelos próximos 20 dias. Essa maior oferta não deve baixar os preços da arroba e as escalas de abate ainda serão curtas, onde a grande dificuldade será em repassar essas altas para o consumidor”, destaca.

De acordo com o analista, o mercado do boi gordo está buscando consolidar os preços de R$ 300 por arroba. “Algumas cidades do estado de São Paulo, em Minas Gerais e localidades do Nordeste já tem negócios neste patamar. Além do boi gordo, os valores do bezerro e boi magro estão maiores neste momento”, ressalta Travagini.

Sobre os custos, o analista da Agrifatto diz que os gastos são recordes, o que não acontece com as margens de lucro. “Os valores da soja e milho são recordes, além disso o preço do combustível voltou a subir, com o petróleo nos níveis pré pandemia. Com isso, quem trabalha com recria e engorda está tendo que pagar mais pela reposição em relação aos pecuaristas que atuam com cria”, finaliza.