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Boi gordo: preços recuam e pecuaristas se afastam do mercado

Estratégia do pecuarista pode ganhar mais força na próxima semana, diante da proximidade das festas de fim de ano, prevê analista

boi gordo
Foto: Lorran Lima/Idaf

O mercado físico de boi gordo teve mais um dia lento de negócios nesta sexta-feira, 18. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, os pecuaristas, de uma forma geral, se afastaram do mercado diante da recente queda nos preços, estratégia que que tende a ganhar força na próxima semana, diante da proximidade das Festas.

“Por outro lado, os frigoríficos, em sua grande maioria apontam para escalas de abate confortáveis, acima de cinco dias úteis. Os frigoríficos podem encontrar alguma dificuldade para avançar as escalas para os primeiros dias de 2021 na próxima semana, por conta do mercado mais esvaziado e uma menor disponibilidade de boiadas”, assinala Maia.

No estado de São Paulo, sinalização de avanço na indicação de compra e relato de negócios pontuais entre R$ 260/265 a arroba. Para animais destinados ao mercado chinês, a indicação de comprador ficou entre R$ 252/255 à vista e R$ 255/259 a prazo. Para animais destinados ao mercado doméstico o valor ficou a partir de R$ 250 a prazo.

Em Minas Gerais, o dia foi de pouca movimentação de preços. Na região de Uberlândia, o comprador se posicionou em R$ 252 à vista. Em Goiânia (GO), a indicação de comprador recuou no dia, posicionado em R$ 243 à vista e a R$ 245 a prazo. No Mato Grosso do Sul, os preços ficaram acomodados no decorrer do dia. Em Campo Grande, o valor foi de R$ 244 a prazo e em Dourados a arroba a R$ 244 a prazo. Em Cuiabá, no Mato Grosso, a indicação de comprador ficou em R$ 243 a prazo.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram mistos. Conforme Maia, a alta do corte traseiro sinaliza de que há uma melhora na demanda dos cortes nobres para as festividades. Contudo, o dianteiro e a ponta de agulha recuaram, pois grande parte da população segue optando por proteínas animais mais acessíveis, como é o caso da carne de frango, como medida de preservação de renda.

Com isso, o corte traseiro subiu dez centavos, passando para R$ 19 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,40 o quilo, assim como a ponta de agulha, com recuo diário de vinte centavos.