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Boi gordo: preços seguem firmes apesar de escalas de abate confortáveis

Os frigoríficos seguem com escalas posicionadas entre três e cinco dias úteis; confira as cotações

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta quinta-feira. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, os preços seguem firmes, relatos de negociações pontuais acima da referência média. “Essas negociações acontecem prioritariamente com animais que cumprem os requisitos de exportação com destino ao mercado chinês”, assinalou o analista.

Enquanto isso, os frigoríficos seguem com escalas de abate relativamente confortáveis, posicionadas entre três e cinco dias úteis, mas, mesmo assim não conseguem exercer pressão sobre o mercado.

Ainda conforme o analista, o setor de carnes brasileiro segue preocupado em relação à queda dos preços na suinocultura chinesa, que permanece em viés de baixa. “Este é um sintoma clássico de avanço da oferta. Precisa ser considerado que nesse ambiente é possível que a China passe a renegociar contratos tentando reduzir o seu preço de importação, além de uma possível redução do volume importado. O bom desempenho das exportações brasileiras no primeiro semestre foi consequência de contratos firmados anteriormente, ou seja, as mudanças mais contundentes em torno do fluxo exportado tendem a acontecer nos próximos meses”, apontou.

Com isso, em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 320, na modalidade à prazo. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 313, inalterada. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 309, inalterada. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 316 a arroba.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. O ambiente de negócios ainda sugere por reajuste moderado dos preços durante a primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo.

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 727,018 milhões em junho (21 dias úteis), com média diária de US$ 34,619 milhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior. A quantidade total exportada pelo país chegou a 140,315 mil toneladas, com média diária de 6,681 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.181,30.

Em relação a junho de 2020, houve ganho de 11,33% no valor médio diário da exportação, queda de 7,64% na quantidade média diária exportada e valorização de 20,54% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,30 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,40 o quilo.