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Boi gordo: preços sobem nas principais regiões produtoras

Escalas de abate ainda seguem encurtadas e a oferta de animais confinados é apenas residual

Boi gordo comendo em confinamento
Foto: Plínio Queiroz/Canal Rural

O mercado físico de boi gordo iniciou o ano e a semana com preços mais altos nas principais regiões produtoras. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, nesta segunda-feira, 4, os frigoríficos se deparam com um quadro anêmico de oferta, resultando no encurtamento das escalas de abate. ”

“Alguns frigoríficos acabaram suspendendo o abate nos dois primeiros dias úteis do ano, tentando formar a escala para a próxima quarta-feira. O cenário geral é bastante complicado, uma vez que a oferta de animais confinados é apenas residual, com os animais de safra distantes do peso ideal para o abate, consequência da estiagem prolongada no decorrer do segundo semestre de 2020, tardando o desenvolvimento do rebanho. Como de praxe as negociações envolvendo animais padrão China ainda ocorrem em patamar mais alto”, diz Iglesias.

Em São Paulo, Capital, a arroba do boi ficou a R$ 272 nesta segunda. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$260. Em Dourados (MS), a R$ 260. Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 250 e, em Uberaba, Minas Gerais, a R$ 266.

Atacado

No mercado atacadista, os preços ficaram acomodados. Conforme Iglesias, a expectativa é que haja alguma alta na primeira quinzena de janeiro, avaliando a posição dos estoques do varejo após um período mais lento de reposição, como tradicionalmente é a última semana do ano, resultando em uma maior necessidade de recomposição dos estoques.

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 19,90 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,50 o quilo, assim como a ponta de agulha.