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Bolsonaro defende Guedes e diz que não fará 'aventuras' para pagar auxílio

O Ministro da Economia e o presidente da República fizeram pronunciamento após notícias de que o teto de gastos poderia ser 'furado'

Em meio à crise no mercado por causa de mudanças no teto de gastos da União, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu, nesta sexta-feira, com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Após a reunião, no Ministério da Economia, Bolsonaro e Guedes fizeram um pronunciamento à imprensa. Bolsonaro manifestou apoio ao ministro. “Eu o conheço desde antes das eleições (de 2018), nós nos entendemos muito bem, eu tenho confiança absoluta nele. Ele entende as aflições que o governo passa”, afirmou Bolsonaro.

Ao defender a criação do Auxílio Brasil, o presidente disse que muitas pessoas no país ainda estão passando necessidade e que o programa vem sendo estudado há meses. Disse que o valor a ser pago para cerca de 17 milhões de pessoas – R$ 400 – foi definido com responsabilidade. “Não faremos nenhuma aventura, não queremos colocar em risco nada no tocante à economia”, afirmou o presidente.

Bolsonaro reiterou que a economia brasileira vem se recuperando melhor do que a de outros países. Disse que a inflação não é um problema que atinge somente o Brasil, mas o mundo todo enfrenta alta de preços, especialmente de alimentos. Também citou a alta do dólar e do barril de petróleo, que impacta nos preços dos combustíveis no mercado interno.

O presidente voltou a dizer que, apesar de indicar o presidente da Petrobras, não tem ingerência sobre as decisões da estatal. “Ela é auditada, é fiscalizada, mas não existe, da nossa parte, o congelamento de preços. Nós sabemos que as consequências são piores”, afirmou. Segundo Bolsonaro, o aumento dos combustíveis reflete na inflação, em especial o óleo diesel. “Os caminhoneiros que transportam as cargas pelo Brasil merecem a nossa atenção. Foi decidido um auxílio aos mesmos, que ficará menos de R$ 4 bilhões ao ano”, afirmou.

Novo nome para o ministério?

Alguns integrantes da ala política do governo fizeram “pescaria” de nomes para preencher o posto de ministro da Economia, disse o atual ocupante do cargo, Paulo Guedes, durante o pronunciamento conjunto com Bolsonaro. Ele disse que este movimento não foi ordenado pelo presidente.

“Sei que o presidente não pediu isso, mas sei que muita gente da ala política ofereceu o nome e ficou fazendo pescaria”, afirmou, depois de ter dito que o novo ocupante da secretaria de Tesouro e Orçamento seria André Esteves, sócio do banco BTG Pactual. Na verdade, o novo ocupante do cargo será o ex-ministro do Planejamento, Esteves Colnago.

Ainda em sua fala, o ministro disse que o valor de R$ 400 para o Auxílio Brasil não vai impactar na questão fiscal do Brasil, já que o valor será retirado da arrecadação Federal.