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Caminhoneiros: ‘Borracharias, oficinas e restaurantes não podem fechar’

Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o Brasil viverá o efeito da greve de 2018 somado à crise do coronavírus se o transporte de cargas for paralisado; pasta tem recebido notificações de bloqueios em acessos estaduais e municipais

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Foto: Governo Federal

Depois do transporte e entrega de cargas terem sido regulamentados como atividades essenciais em meio à crise do coronavírus, o desafio do governo agora é manter estradas e rodovias liberadas para que caminhoneiros possam garantir o abastecimento do país. 

Nos últimos dias, o Ministério da Infraestrutura recebeu notificações de bloqueios em acessos estaduais e municipais. Com intenção de criar consenso sobre o tema, nesta segunda-feira, 23, o ministro Tarcísio Gomes participou de uma videoconferência com Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste) com os governadores de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.

No encontro, eles se comprometeram a dialogar com prefeitos dos estados para garantir a livre circulação de produtos e, por consequência, o abastecimento das cidades.

Tarcísio Gomes ainda reforçou a necessidade de borracharias, oficinas e pontos de alimentação se manterem abertos em todo o país. Esses comércios também são enquadrados como atividades essenciais por serem ‘acessórias’ ao transporte de cargas. O funcionamento desses tipos de estabelecimentos também está garantido no decreto publicado na última semana.

“Se matarmos o transporte rodoviário de carga, teremos o efeito da greve de 2018 somado à crise do coronavírus”, alertou Freitas.

O apelo agora deverá ser estendido aos prefeitos para evitar a interdição de obras de manutenção e bloqueios em rodovias, como há registros pelo país. “Estamos vendo justas homenagens aos profissionais da saúde e da segurança pública, mas está na hora de homenagearmos também os profissionais do transporte de cargas”, disse o ministro.

Freitas destacou ainda medidas que o governo federal vem adotando para manter o trabalho dos portuários e defendeu que os aeroportos continuem abertos, apesar da queda no número de voos e passageiros.